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ALL investe R$ 80 milhões no PR

Além de novos trilhos, a empresa vai instalar 200 mil dormentes (peças sobre as quais se assentam os trilhos) e 150 detectores de descarrilamento, que vão contribuir na prevenção de acidentes.

Redação (26/02/2008)-  América Latina Logística (ALL) está se preparando para dar largada ao escoamento da próxima safra, que acontece nas próximas semanas, e também se prepara para dar conta do aumento da produção do campo nos próximos anos. Dos cerca de R$ 700 milhões que a empresa pretende investir no Brasil neste ano, grande parte será aplicada na troca de trilhos, maiores e mais resistentes, que vão permitir o transporte de mais grãos e produtos agrícolas. Entre os investimentos em vias permanentes, R$ 80 milhões serão feitos no Paraná, onde serão trocados o equivalente a 200 quilômetros de trilhos.
Os trilhos novos têm classificação perfil 60 e vão substituir um produto de perfil 45. De acordo com o gerente de via permanente da ALL, José Paulo Filippin, a troca será feita em todo o percurso da Serra do Mar e do trecho entre Ponta Grossa e Apucarana, chamado de Central do Paraná. São cerca de 11 mil toneladas de trilho, que serão trocados ao longo deste ano. “Estamos melhorando as condições para o transporte da safra deste ano e já nos preparando para os próximos. Aumentamos a produtividade e a segurança das operações”, diz. A safra paranaense é estimada em cerca de 29 milhões de toneladas. A substituição ocorre sem prejuízo ao escoamento da produção agrícola, segundo Filippin.

Além dos novos trilhos, a empresa vai instalar 200 mil dormentes (peças sobre as quais se assentam os trilhos) e 150 detectores de descarrilamento, que vão contribuir na prevenção de acidentes, explica Filippin. A ALL já havia divulgado a intenção de investir entre R$ 650 milhões e R$ 700 milhões no final de setembro, mas só agora detalhou alguns dos valores que serão aplicados no Paraná.

Reclamações
Outro indicador que cresceu na ALL, mas com conotação negativa, foi o número de reclamações encaminhadas à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). De acordo com a ouvidoria do órgão, foram registradas dez queixas contra a ALL do Brasil no ano passado, o dobro das recebidas no ano anterior. Por conta disso, explica o ouvidor Nilo Garcia, a empresa aparece no último lugar entre 11 concessionárias avaliadas.

Segundo a gerente de marketing da ALL, Danielle Milarski, a empresa segue metas de nível de satisfação dos clientes. “Levamos em conta os dados da ouvidoria, mas é difícil comentar pois não sabemos o teor das informações.” Segundo ela, como a empresa tem uma malha muito grande, o número de reclamações pode ser maior do que o de outras empresas.