Os preços de soja, milho e trigo, as três principais commodities agrícolas negociadas na bolsa de Chicago, agarraram-se às perspectivas de atraso na colheita da safra americana e não soltaram mais. Ontem, a chuva e o frio nas regiões produtoras de grãos dos EUA mais uma vez deram impulso às cotações, a despeito de reiterados relatórios que apontam produção recorde no País na safra 2009/10.
Com a possibilidade de que as lavouras sejam afetadas, o preço do milho atingiu ontem seu maior patamar em dois meses – a alta dos contratos que vencem em março foi de 18,50 centavos de dólar, para US$ 3,93 por bushel. A cotação da soja subiu 33 centavos de dólar, para US$ 10 por bushel.
Na sexta-feira, o Departamento de Agricultura americano (USDA) reiterou sua projeção de produção maior no País. A colheita de milho atingirá 330,67 milhões de toneladas neste ciclo nos EUA, segundo o USDA – ou 1,6 milhão de toneladas maior que a previsão de setembro. A previsão do USDA para a soja no mundo cresceu 2,1 milhões de toneladas entre um mês e outro, para 246 milhões de toneladas.
Com a perspectiva de atraso na colheita de milho e soja nos EUA, a área de trigo pode cair. Em Chicago, os contratos do cereal para março subiram ontem 25,75 centavos de dólar, para US$ 5,1325 por bushel. A alta dos papéis para março em Kansas foi de 25,75 centavos de dólar, a US$ 5,2675 por bushel.