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Alta nas exportações

Volume de exportações do agronegócio brasileiro cresceu 2,84% em 2005.

Da Redação 09/02/2006 – Em 2005, o Índice de Volume das Exportações do Agronegócio (IVE-Agro/Cepea) teve um aumento de 2,84%. Em novembro, a variação desse índice foi de 0,47% negativa e, em dezembro, de 1,83%, também em retração. O Índice de Volume das Exportações do Agronegócio pondera o volume físico exportado de cada produto pelo seu valor unitário médio de 1989 a 2004. Para o seu cálculo mensal, são coletadas informações do sistema AliceWeb, da Secex.

 

O movimento da quantidade exportada tem acompanhado o crescimento do índice de preços de exportação do agronegócio, o IPE-Agro/CEPEA, que, em 2005, aumentou 3,56% em comparação com 2004. (Figura 1) De novembro para dezembro, o IPE-Agro/Cepea recuou 2,19%. Este índice considera os preços em dólares das exportações do agronegócio brasileiro.

 

No período de 1989 e 2005, o IVE-Agro/Cepea apresentou crescimento de 285%. Esse grande salto está ligado ao contexto de abertura da economia brasileira no período. No final da década de 1980, iniciou-se um processo de integração da economia brasileira aos mercados internacionais. Apesar das mudanças de regimes cambiais e diferentes conjunturas do mercado internacional (especialmente em relação a preços), as exportações brasileiras em geral e do agronegócio, em particular, continuam aumentando.

 

Outro fator não menos importante que explica o aumento da quantidade exportada do setor é a produtividade. Fruto de investimentos da Embrapa e outras instituições de pesquisa, os ganhos de produtividade do setor permitem o abastecimento do mercado doméstico e, principalmente, a expansão das exportações.

 

A produtividade permite que o agronegócio seja um setor relevante para o equilíbrio macroeconômico do País: no âmbito doméstico, o atendimento da demanda interna atua como uma âncora de preços, de modo que a inflação não é pressionada por preços do setor e, no âmbito externo, a expansão das exportações do setor aumenta as divisas estrangeiras e colabora para os superávits comerciais do balanço de pagamentos.