Redação (24/07/06)- Confira dados fornecidos pela Uniquímica e Orbe Online:
Suíno vivo
(24.07) – De acordo com a ACSURS, aumentaram os comentários otimistas sobre a redução na oferta de suínos e a possibilidade de que, em breve, os preços possam melhorar. Mas, por enquanto, ainda é difícil ver motivos concretos para justificar essa expectativa e os produtores continuam insatisfeitos com o preço recebido pelo quilo do suíno vivo, apesar do RS estar desfrutando de uma situação privilegiada em relação ao resto do país, por ser o único estado brasileiro autorizado a exportar carne para a Rússia. Veterinários da União Européia apontaram falhas no controle da febre aftosa, depois de mais de 10 dias de visita ao Mato Grosso do Sul, onde surgiram os últimos focos da doença no país. Isso pode atrapalhar as vendas para aquele mercado. A possibilidade de uma fusão entre a Sadia e a Perdigão preocupa os europeus. Juntas, essas empresas que já destinam mais da metade de suas produções para a exportação, tendem a aumentar sua competitividade e a conquistar novos mercados.
Eles temem a concorrência crescente da carne brasileira nos últimos anos, e citam como exemplo o que aconteceu no mercado russo, que até bem pouco era dominado por europeus e americanos. Os mercados de países em desenvolvimento, como o da China, por exemplo, estão se modificando e, se o Brasil conseguir resolver todos os seus problemas fitossanitários, será um forte concorrente. (Emater/RS)
Frango vivo
(24.07) – Os recentes embargos anunciados já por 14 países ao frango “in natura” do estado do Rio Grande do Sul, devido ao foco da doença de Newcastle detectada em Vila Real (RS) já causa apreensão em produtores e comerciantes de milho da região.
A região consome o grão para a engorda de pintos e posterior produção de frango.
Segundo sondagem da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), como os preços do milho podem sofrer novas quedas de preço no curto prazo, devido ao foco de Newcastle em Vila Real (RS), os comerciantes estariam guardando o grão para se prevenir.
Segundo o economista da CNA, Getúlio Pernambuco, embora não haja números claros sobre a queda no preço do milho, é provável que ela ocorra devido às últimas notícias.
“Já tivemos um movimento parecido no ano passado com a aftosa, agora que estamos em processo de recuperação do preço não apenas do trigo, mas também do frango, as notícas sobre Newcastle não são um bom sinal”, disse.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, as mais recentes restrições foram impostas por Coréia do Sul, Cuba, Canadá, Suíça, Ucrânia e África do Sul.
Em alguns casos, parte do embargo foi imposto para as compras de frango de todo o estado. Outra parte foi imposta para áreas próximas. A África do Sul restringiu importação em uma área de 50 quilômetros de onde o foco foi detectado.
O Canadá, Coréia e Suíça restringiram os produtos de frango de uma área de 10 quilômetros do foco. Cuba embargou a carne de frango de um área de 20 quilômetros. (Gazeta Mercantil)
Ovos
(24.07) – O mercado do ovo abriu a semana em baixa. As cotações recuaram devido à pressão dos compradores devido ao excesso de produção. Em São Paulo, a caixa com 30 dúzias dos ovos brancos está sendo negociada a R$ 25,70 e os vermelhos R$ 27,70. Em Minas, os ovos brancos estão sendo vendidos a R$ 26,00 e os vermelhos R$ 28,00.
Boi gordo
(24.07) – O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) anunciou, por meio da Instrução Normativa de número 17 (IN 17), as alterações no Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov), a começar pelo novo nome: Serviço de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos.
As mudanças chegam em boa hora, porém, têm de ser postas em execução com o compromisso de todos os elos da cadeia produtiva. Do contrário, corremos o risco de comprometer definitivamente um negócio que gera cerca de US$ 3,5 bilhões/ano em divisas para o País. Duas mudanças no Sisbov se sobressaem: a adesão voluntária e a criação do conceito de “Estabelecimento Rural Aprovado Sisbov”, que garante a rastreabilidade da propriedade exportadora de carne.
De acordo com as novas regras, todos os animais dos estabelecimentos aprovados devem ser obrigatoriamente rastreados e identificados individualmente. Os nascimentos de um Estabelecimento Rural Aprovado Sisbov deverão ser identificados individualmente logo após a desmama, no prazo máximo de dez meses e antes da primeira movimentação. Quanto à identificação, o produtor poderá optar pela identificação com um brinco simples ou optar pela marcação a fogo, tatuagem ou chip eletrônico, desde que acompanhados de brinco auricular ou botton nos padrões do Sisbov. A IN 17 estabelece ainda que a partir de janeiro de 2009 a movimentação dos animais rastreados estará restrita a estabelecimentos aprovados.
A Base Nacional de Dados (BND) dos bovinos e bubalinos rastreados continua sob responsabilidade do Sisbov, sendo alimentada pelas certificadoras credenciadas pelo Mapa, frigoríficos exportadores e órgãos ligados ao Sistema Unificado de Atenção à Sanidade Pecuária. O produtor fica obrigado a comunicar aos órgãos sanitários e às certificadoras, em no máximo 30 dias, qualquer movimentação do rebanho rastreado. As certificadoras terão 72 horas para reportar ao Sisbov.
A “Propriedade Aprovada Sisbov” fica sob tutela de uma única certificadora, que a supervisionará a cada 180 dias. Os confinamentos serão vistoriados a cada 60 dias.
Com o novo Sisbov, o Serviço de Inspeção Federal (SIF) continua com o poder de desclassificar a rastreabilidade dos animais no momento do abate. Isso ocorrerá quando houver discrepância entre as informações contidas na Guia de Trânsito Animal e na BND. Essas informações incluem nome da propriedade e do proprietário, sexo, idade e raça, tempo de permanência na BND e na última propriedade em que esteve. A efetiva desclassificação acarretará ao produtor prejuízo de R$ 3,00/arroba, em média, por animal rastreado.
Uma vantagem adicional do novo sistema está na gestão da propriedade. Umas das exigências é que a fazenda apresente à certificadora um plano de gestão. Como conseqüência, o criador poderá usar essa ferramenta para acompanhar a produção, identificar falhas e prejuízos.
Os pecuaristas têm até 31 de dezembro de 2007 para se adequar às regras do Sisbov, quando as normas atuais e as mudanças da IN 17 deixam de coexistir. São mudanças importantes e indispensáveis à credibilidade do sistema. Vejo no novo SISBOV um sistema de rastreabilidade confiável e seguro, capaz de agradar aos mais exigentes importadores de carne bovina. O que falta mesmo é a união de todos os elos da cadeia produtiva para colocá-lo em prática. (Gazeta Mercantil)
Soja
(24.07) – As cotações futuras da soja na bolsa de Chicago voltaram a ceder nos últimos dias. Apesar das preocupações em torno do clima que tem prejudicado as lavouras dos EUA, e que até provocaram alguns movimentos de compras, ao final prevaleceram as previsões de que no médio prazo as condições são favoráveis ao desenvolvimento das lavouras estadunidenses de soja.
– O momento é de extrema volatilidade em função do clima, ja que as lavouras estão entrando no período de floração e formação de vagem, considerado crítico em caso de falta de chuvas regulares, pois compromete o desenvolvimento da planta. As informações sobre as condições das lavouras de soja nos EUA dão conta de que as mesmas pioraram, já que no dia 16/07 13% das lavouras apresentavam estado entre ruim e muito ruim (contra 12% na semana anterior), consequentemente, as lavouras com estado entre bom e excelente caiu de 58% para 57% neste dia 16/07. Do total das lavouras, 6% já estão em fase de floração.
– Dados do NOPA sobre o esmagamento de soja nos EUA, referentes ao mês de junho informam que o mesmo totalizou 3,57 milhões de toneladas (contra 3,41 milhões de toneladas em igual mês de 2005), e 3,77 milhões de toneladas em maio/06. No acumulado do atual ano comercial (entre 01/09/06 e 31/08/07), o volume já atinge 37,68 milhões de toneladas.
– No que diz respeito aos embarques de soja dos EUA, o USDA informou em seu relatório de segunda-feira (17) que na semana encerrada no dia 13/07 foram embarcadas 309.600 toneladas contra 160.300 toneladas na semana anterior e 77.900 toneladas em igual período do ano passado. No acumulado os embarques já totalizam 23,17 milhões de toneladas, contra 28,14 milhões de toneladas em igual período de 2005. (Agrolink)
Milho
(24.07) – As cotações do milho na CBOT apresentaram-se mais baixas nos últimos dias, comparadas às da semana anterior. Apesar das adversidades climáticas (clima seco e quente) afetando negativamente as lavouras que estão em fase de polinização no Meio-Oeste dos EUA, nestes dias mais recentes o clima voltou ao normal e as cotações voltaram a ceder. Nesta quinta-feira (20), o fechamento para o milho ficou em US$ 2,42/bushel.
– Ademais, as condições das lavouras pioraram tendo caído para 62 o percentual das lavouras em estado entre bom e excelente (na semana anterior eram 63%). Nem mesmo os bons resultados das exportações semanais que registraram 1,14 milhão de toneladas na semana encerrada no dia 16/07 (contra 832.907 toneladas na semana anterior) serviram para oferecer suporte às cotações.
– Para auxiliar o quadro negativo para as cotações do milho em Chicago, as vendas líquidas semanais dos EUA (temporada comercial 2005/06 entre 01/09/05 e 31/08/06), segundo informações do USDA, ficaram 340.100 toneladas na semana encerrada em 13/07 contra 589.200 toneladas registradas na semana anterior.
– No mercado interno brasileiro, os preços do milho, no balcão gaúcho, ficaram em R$ 12,80/saco enquanto o sorgo foi negociado a R$ 11,00/saco. Nos lotes, os preços permaneceram em R$ 14,75/saco no norte do Estado. Nas demais praças brasileiras, os mesmos variaram entre R$ 9,50/saco em Rondonópolis (MT) e R$ 15,40/saco em Chapecó (SC), conforme estatísticas acima. Mais uma semana em que houve recuo nos preços do cereal, cada vez mais sob influência da entrada da safrinha no mercado.
– Na exportação, a semana manteve-se com indicações de compra em Paranaguá (PR), para produto de exportação, a US$ 122,00/tonelada, diante de vendedores pedindo US$ 130,00/tonelada. Novamente houve registro de negócios no valor de US$ 123,00/tonelada para agosto e também a US$ 120,00/tonelada para setembro.