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Análise de Mercado

Alta de 2,11% nos preços agropecuários na terceira quadrissemana no Estado de SP.

Redação (28/11/2007)- O Índice Quadrissemanal de Preços Recebidos pela Agropecuária Paulista (IqPR) registrou alta de 2,11% na terceira quadrissemana de novembro. Os produtos de origem vegetal (IqPR-V) e animal (IqPR-A) apresentaram aumento, respectivamente, de 0,64% e 5,13%.

Quando a cana-de-açúcar é excluída do cálculo, a variação positiva do IqPR atinge 4,06% e o IqPR-V sobe para 3,03%, influenciados principalmente pelas altas nos preços do feijão (37,89%), da batata (34,20%), das carnes bovina (11,15%), suína (5,49%), do milho (10,78%), do amendoim (10,34%) e da soja (6,78%).

Os pesquisadores do Instituto de Economia Agrícola da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado (IEA) dizem que o preço do feijão aumentou em virtude da pouca oferta conjuntural, porque o abastecimento do produto se dá pelo encadeamento de safras de diversas regiões brasileiras que se complementam na oferta na maioria dos meses do ano. Portanto, basta uma quebra significativa na colheita de uma safra regional para influenciar os preços até que a entrada da colheita de outra região normalize o mercado. Praticamente não existe feijão nas mãos de lavradores, o que garante boa remuneração.

A batata ficou pouco ofertada por causa do fim da safra. No caso da carne bovina, a valorização deve-se à restrição de animais para abate por parte dos pecuaristas, que aguardam melhor momento (preço) para vender o seu produto, frente a uma pressão de demanda oriunda das exportações e do consumo interno. “Essa alta está ajudando a capitalizar os produtores, que hoje estão praticando em média preços superiores a 35%, em comparação com os preços de novembro de 2006, ou seja, um ano atrás”, explicam.

O aumento no preço da soja reflete a valorização da commodity no mercado internacional, enquanto a alta do milho resulta da pouca oferta do produto devida ao atraso do plantio.

Os produtos que apresentaram queda de preços na terceira quadrissemana de novembro foram tomate para mesa (54,93%), banana nanica (22,95%), café (5,81%), trigo (5,15%), arroz (3,82%), carne de frango (2,81%) e ovos (2,37%).

O tomate e a banana tiveram boa oferta. No trigo e no arroz, o câmbio e também a maior oferta de produtos, mas no âmbito do Mercosul, impactaram os preços. Já na carne de frango, o aumento da disponibilidade no mercado interno levou ao recuo. Quanto ao café, nas regiões paulistas produtoras de arábica, nas últimas semanas de outubro, a retomada das chuvas fez aparecer floradas promissoras que, se atingirem a frutificação, garantirão boa produtividade na próxima colheita, levando a preços cadentes.