Redação (27/08/2008)- Análise de Mercado – 27 de Agosto.
Suíno vivo
A especulação no mercado financeiro, a crise na oferta de insumos e o crescimento mundial tem se tornado desafios importantes para o setor de alimentação animal. Acostumado com um cenário estável até meados de 2007, o empresariado se surpreendeu com um novo panorama a partir do segundo semestre do ano passado. O Sindicato Nacional das Indústrias de Alimentação Animal (SINDIRAÇÕES) prevê um período de readaptação do setor, que agora enfrenta o fim da era do alimento barato.
De acordo com o diretor executivo do Sindirações, Ariovaldo Zanni, é preciso repensar a cadeia de suprimentos no modelo contemporâneo. "Enfrentamos problemas como a queda nos estoques globais de grãos, crescimento econômico e populacional em todo o mundo, escassez de terra e água, competição dos grãos com o etanol e o forte impacto das alterações climáticas. Isso sem contar a especulação financeira, que tem afetado fortemente o setor", afirma.
Zanni expõe dados de que investidores têm dirigido boa parte do seu portfólio ao segmento de commodities agrícola e o interesse nesses papéis cresceu quase 1000% nos últimos 5 anos. Ele destaca também o descompasso na oferta e demanda de fertilizantes e fosfatos, gerada pela falta de investimentos e avanço da atividade agropecuária, situação que só começará a se reverter em 3 ou 4 anos. Até lá, os índices de produtividade da agricultura podem ser comprometidos e os preços das commodities agrícolas se manterão altos. No caso brasileiro, o diretor executivo do Sindirações destaca que o país não tem aumentado o volume de exportações, situação que tem sido "compensada" pela valorização dos preços das commodities agrícolas. O resultado é que a balança comercial apresenta saldo positivo, muito mais alavancado pelo preço do que pela quantidade. "Além disso, o mercado de alimentação animal é bastante dependente do suprimento externo. Por isso há necessidade de um plano de desenvolvimento da produção de insumos nutricionais em território nacional, proposta encaminhada pelo Sindirações ao Ministério da Indústria e Comércio", explica.
Durante o ano de 2007, o setor importou mais de 800 milhões de dólares em vitaminas, aminoácidos e outros aditivos e produziu cerca de 54 milhões de toneladas de ração. Em 2008, a produção será de 59 milhões de toneladas de ração e mais de 2 milhões de toneladas de suplementos minerais para pecuária de corte, o que movimentará mais de 1,2 bilhões de dólares em importações. "Tamanha movimentação exige agilidade no fechamento de contratos e rápida autorização de embarques, conforme a moderna dinâmica logística, uma vez que o Brasil compete em um ambiente contemporâneo caracterizado pela escassez e profunda competição global", afirma Zanni. "Já conseguimos dar o primeiro passo, que foi a aprovação da Linha Verde, procedimento que tornou mais rápido o desembaraço aduaneiro de algumas mercadorias. Porém, ainda temos muito a fazer pela desburocratização, principalmente a adoção da informatização integral do processo e racionalização de documentos", diz.
O Brasil enfrenta outros desafios, como a resistência ainda imposta por alguns órgãos do Governo aos eventos geneticamente melhorados do milho e a falta de isonomia tributária aos insumos pecuários que são onerados pelo PIS/COFINS, diferentemente dos insumos agrícolas. Todavia, o setor tem lançado mão das ações alternativas a fim de conviver com o novo patamar de custo do milho, farelo de soja, aditivos, e crescer mais de 10% novamente em 2008. A estimativa é mobilizar quase 20 bilhões de dólares em matérias-primas, contra os 13 bilhões de dólares do ano passado, influência do crescimento orgânico da produção, do aumento real dos preços dos ingredientes e da desvalorização do dólar americano.(Suino.Com)
GO R$3,55
MG R$3,30
SP R$3,31
RS R$3,15
SC R$2,95
PR R$3,00
MS R$3,20
MT R$2,95
Frango vivo
Embora os pintos sejam decorrentes das matrizes, pelo menos no curto prazo um produto nada tem a ver com o outro. Entretanto, repetindo comportamento já observado em outras ocasiões, a produção brasileira de pintos de corte voltou a seguir "o exemplo das matrizes de corte" (cujo volume atingiu novo parâmetro em julho) e também registrou novo recorde, com um volume que não era superado desde janeiro deste ano.
Em julho passado, conforme a APINCO, foram produzidos no Brasil 476.080.943 pintos de corte, volume 9,5% superior ao registrado um ano antes, em julho de 2007, mês em que a produção alcançou pouco mais de 434 milhões de cabeças. Foi superada igualmente (em 8,9%) a produção alcançada no mês anterior, junho de 2008. Mas considerando-se que julho é mês mais longo, de 31 dias, a variação real foi de 5,4%.
Em decorrência do último resultado, a produção alcançada no ano (sete meses) soma agora 3,127 bilhões de cabeças, sendo 6,5% superior à do mesmo período de 2007. Projetada para a totalidade do ano, essa produção – média mensal próxima de 446,8 milhões de pintos de corte – aponta volume global da ordem de 5,360 bilhões de cabeças, 4% a mais que o produzido no ano passado.
Porém, a repetição dos mesmos números é, a esta altura, absolutamente improvável, inclusive porque houve forçosa redução da produção no primeiro semestre, o que não deve ocorrer neste semestre. Assim, apenas mantido o mesmo volume nos cinco meses que faltam para o encerramento de 2008, a produção chegará aos 5,5 bilhões de cabeças, volume que também pode ser superado.
Por enquanto, o volume acumulado em um período de 12 meses (agosto de 2007 a julho de 2008) totaliza 5,343 bilhões de cabeças, apresentando acréscimo de 8,32% sobre o mesmo período anterior. (AviSite)
SP R$1,95
CE R$2,30
MG R$2,05
GO R$1,95
MS R$1,60
PR R$1,77
SC R$1,80
RS R$1,85
Ovos
Mercado segue com os preços em patamares baixos e com os compradores de olho nas próximas quedas.
Mesmo com a estabilidade dos preços de milho (considerando que ainda é alto seu preço), o momento é de muita cautela para os produtores com os preços de ovos em declínio constante. (Mercado do Ovo)
Ovos brancos
SP R$44,90
RJ R$47,00
MG R$47,00
Ovos vermelhos
MG R$49,00
RJ R$49,00
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) está sendo cotada a R$ 92,20, com variação de -0,13% no dia de ontem. A variação no mês de Agosto está em –1,46%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar está em US$ 56,53, com uma variação de -0,12% registrada ontem, e de –1,46% no acumulado do mês, na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$83,00
Goiânia GO R$83,00
Dourados MS R$88,00
C. Grande MS R$88,00
Três Lagoas MS R$88,00
Cuiabá MT R$83,00
Marabá PA R$76,00
Belo Horiz. MG R$83,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) está sendo cotada a R$ 46,91. No dia de ontem, 26, apresentou uma variação de 0,64%.
O valor da saca em dólar está em US$ 28,76, com uma variação de 0,77% registrada ontem, e de –4,23% registrada no mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$47,50
Goiás – GO (média estadual) R$43,50
Mato Grosso (média estadual) R$43,00
Paraná (média estadual) R$46,91
São Paulo (média estadual) R$47,00
Santa Catarina (média estadual) R$47,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$44,50
Minas Gerais (média estadual) R$45,50
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) está sendo cotada a R$ 24,29. No dia de ontem, 26, apresentou uma variação de 0,35%. O mês de Agosto apresenta uma variação de – 5,35%.
O valor da saca em dólar está em US$ 14,89, com uma variação ontem de –0,47%, e de – 9,35% registrada no mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$20,00
Minas Gerais (média estadual) R$22,00
Mato Grosso (média estadual) R$15,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$18,50
Paraná (média estadual) R$21,00
São Paulo (média estadual) R$24,29
Rio G. do Sul (média estadual) R$26,00
Santa Catarina (média estadual) R$25,00