Redação (27/11/2008)- Análise de Mercado – 27 de Novembro.
Suíno vivo
Dmitri Medvedev, presidente da Rússia, veio ao Brasil e se encontrou com o presidente Lula. Dentre outras questões, na reunião fechada que ambos tiveram o tema das restrições russas à importação de carne brasileira voltou a ser discutido, mas pouco resultado prático deve ser esperado, independente dos resultados retóricos.
Ainda que a abertura do grande mercado russo à carne brasileira seja tema antigo e de grande interesse por parte do Brasil, no caso russo, o tema não tem grande interesse. A principal tônica da visita, pelo lado russo, está em torno de questões ligadas à defesa, especialmente no que tange à venda e formação de parcerias de armamento e tecnologia de guerra, e a outras questões estratégicas, como a tecnologia de extração de petróleo.
As relações bilaterais estão estáveis em termos diplomáticos, mas encontram-se tensas em termos políticos e econômicos. Isso ocorre em função das diferenças entre ambos os países tanto em termos de forma de atuação, quanto interesses de curto prazo. Um indicativo interessante é o fato de o presidente Medvedev ter escolhido o Rio de Janeiro (onde fica a sede da Petrobrás) e não Brasília (onde fica a sede do governo federal) para sua visita, ao contrário do que está acontecendo nos demais países da América Latina que também serão visitados por ele.
Um ponto importante a notar é que o Brasil tem uma política externa bastante ativa, capaz de fazer muitas reuniões e assinar muitos protocolos e tratados, porém pouco desse esforço é transformado em ações concretas por parte dos países envolvidos. Os russos ainda estão insatisfeitos com os parcos resultados alcançados com o "Memorando de Entendimento" na área de cooperação tecnológica assinado em 2004, pelo então presidente russo Vladimir Putin.
Ao mesmo tempo, o governo brasileiro desclassificou a Rússia como fornecedora de aviões de caça no projeto de modernização da força aérea brasileira, acabando com um dos principais objetivos russos em termos de comércio bilateral. Há especulações indicando que a desclassificação teria motivos políticos, buscando favorecer a França, o que atrapalha ainda mais uma conversa mais densa entre Brasil e Rússia.
Diante deste cenário, é de se esperar que o presidente Medvedev procure um posicionamento mais concreto por parte do governo brasileiro, sobretudo no sentido de implementar agendas já discutidas anteriormente. Pouco se deve esperar em termos de conquistas por parte dos brasileiros, especialmente porque, no jogo diplomático, agora chegou a vez de o Brasil mostrar que está realmente disposto a fazer negócios com a Rússia, e não o contrário.
Conteúdo Business Intelligence suino.com– Focus R. I. – Assessoria & Consultoria em Relações Internacionais
GO R$3,30
MG R$3,30
SP R$3,36
RS R$2,49
SC R$2,90
PR R$2,60
MS R$2,60
MT R$2,05
Frango vivo
Como ainda é cedo para qualquer previsão mais efetiva do gênero, pode ser apenas "jogada" para afastar os concorrentes externos. Mas na opinião do Presidente da União dos Produtores de Carnes da Rússia, Musheg Mamikonyan, a atual crise econômica, por vir atingindo em cheio o mercado russo, deve ocasionar uma queda no consumo de carnes que deve ficar entre 5% e 10%. E não será por curto prazo, pode durar até dois anos.
A opinião foi manifestada durante a realização do 7º Fórum Internacional da Indústria (russa) de Alimentos, promovido na semana passada em Moscou pelo Instituto Adam Smith e, com ela, o líder da indústria de carnes da Rússia demonstrou que a queda pode atingir um determinado tipo de carne (por exemplos as vermelhas), mas não todas as carnes, porque o consumidor vai continuar se alimentando. Assim, completou, o consumidor vai se voltar imediatamente para a carne de frango e, principalmente, para o produto mais barato disponível no mercado russo – as "chicken legs", coxa e sobrecoxa de frango.
Ou seja: mesmo com o mundo em crise, nem tudo está perdido. Especialmente para a avicultura. (AviSite)
SP R$1,65
CE R$2,90
MG R$1,75
GO R$1,70
MS R$1,40
PR R$1,80
SC R$1,70
RS R$1,65
Ovos
Com os compradores se preparando para dezembro, o mercado segue com os preços baixos mas com boas possibilidades de uma ótima demanda a partir de agora. Mas ainda nesta quinta feira, os compradores não deixam de tentar uma última pressão.
Como dissemos, tudo vai depender da necessidade (ou desespero) de cada produtor em ceder ou não. (Com informações do Mercado do Ovo)
Ovos brancos
SP R$37,90
RJ R$41,00
Ovos vermelhos
MG R$43,00
RJ R$43,00
SP R$39,90
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 87,59, com variação em relação ao dia anterior de -0,27%. A variação registrada no mês de Novembro é de -0,24%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado em US$ 38,64, com variação de -0,26%. Já a variação no acumulado do mês é de -0,23%, na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$83,00
Goiânia GO R$81,00
Dourados MS R$85,00
C. Grande MS R$85,00
Três Lagoas MS R$84,00
Cuiabá MT R$80,00
Marabá PA R$73,00
Belo Horiz. MG R$83,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 45,09. O mercado apresentou ontem uma variação de 0,13%. O mês de Novembro apresenta uma variação de 1,83%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 19,89, com uma variação de 2,68% e de –3,16% registrada no mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$47,00
Goiás – GO (média estadual) R$43,00
Mato Grosso (média estadual) R$42,50
Paraná (média estadual) R$45,09
São Paulo (média estadual) R$46,00
Santa Catarina (média estadual) R$47,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$44,50
Minas Gerais (média estadual) R$43,00
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quarta-feira cotada a R$ 20,14. O mercado apresentou ontem uma variação de –0,3%. O mês de Novembro apresenta uma variação de –5,72%.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 8,88, com uma variação de 2,25%, e de –10,33% registrada no mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
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