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Mercado Interno

Análise de Mercado

Confira cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional.

Análise de Mercado do dia 24 de junho de 2009

Suíno Vivo

Os criadores de suínos querem aproveitar a análise da união de Sadia e Perdigão pelo sistema de defesa da concorrência para reformular as relações contratuais e negociar mecanismos de formação de preços pagos por todas as indústrias do setor.

A Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e a Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) pediram ontem, em reunião com dirigentes, a intervenção das secretarias de Acompanhamento Econômico (Seae) e de Direito Econômico (SDE) para conferir relevância aos efeitos da operação sobre o mercado de suínos para abate. “A indústria dá prêmios e impõe deságios que não têm referência pública ou isenta”, diz o presidente da ABCS, Rubens Valentini. “Nossa posição é construir, e não brigar. Mas seremos firmes”. O executivo diz que é uma “oportunidade histórica” para rearrumar o setor nas ponta do consumo, mas também do lado do fornecimento de matéria-prima.

O p edido dos criadores, segundo a ABCS, poderia ser referendado pelas indústrias de ração animal e de medicamentos veterinários. Sob análise, está a criação de uma câmara de arbitragem para regular essas relações comerciais. Em jogo, está o interesse de 60 mil granjas industriais e os empregos de quase 1 milhão de pessoas na cadeia produtiva do quarto maior produtor mundial de suínos, segundo a ABCS. “Precisamos estabelecer um conceito de formação de preços com mecanismos públicos e isentos para a matéria-prima”, defende Valentini, que terá nova reunião com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) nos próximos dias.

A ABCS argumenta que o abate tem expressiva concentração geográfica – 97,5% dos abates ocorre em oito Estados – e que o aspecto social dos produtores integrados tem sido interpretado de forma equivocada pelo governo, já que há cada vez menos pequenos criadores no mercado. “Nos anos 70, as granjas tinham 4,5 matrizes. Hoje, os novos projetos têm ao me nos 4,4 mil matrizes. Essa relação não atende mais à questão social”, diz Valentini.

Os criadores querem tornar independentes as cotações do mercado livre (spot) e do mercado regulado pelos contratos de integração. O preço definido pelas indústrias nas parcerias (“Sindicarnes”) baliza, na prática, as cotações no mercado spot. “Quando um lado tem mais poder do que todos os outros, o Poder Público precisa intervir e induzir para um acordo entre as partes”, afirma.

Hoje, as indústrias adotam a remuneração contratual por meio de critérios como produtividade, animais nascidos vivos, taxa de conversão, velocidade de crescimento, ganho de peso diário e classificação de carcaça. “A indústria procura descaracterizar vínculos trabalhistas com os integrados com os contratos. Mas há aí uma relação que precisa ser esclarecida”, diz Valentini.

Suíno vivo
GO R$3,00
MG R$2,90
SP R$2,72
RS R$2,10
SC R$2,20
PR R$2,43
MS R$2,40
MT R$2,20

Frango vivo

Referência nacional para avaliação das tendências da produção agropecuária, desta vez as projeções da Confederação Nacional de Agricultura (CNA) deixam a desejar. Por exemplo, na primeira estimativa para 2009 relativas ao Valor Bruto da Produção Animal Brasileira (VBP pecuário), a entidade “cortou” quase 4 milhões de toneladas da produção de carne de frango – uma falha que distorce todos os números relacionados ao VBP, inclusive os de 2008.

A CNA se baseou em números da UBA mas, aparentemente, adotou a disponibilidade interna de carne de frango (cerca de 7,3 milhões de toneladas no ano passado) como dado preliminar da produção no ano passado e como estimativa [de produção] para 2009.

Considerada a produção estimada pelo próprio setor para 2008 (cerca de 11 milhões de toneladas de carne de frango) e o preço médio indicado pela CNA (R$2,37/kg), o VBP da carne de frango no ano que passou foi pelo menos 50% maior que o apontado na tabela divulgada pela entidade, superando a casa dos R$26 bilhões.

Frango vivo
SP R$1,90
CE R$2,80
MG R$2,10
GO R$1,85
MS R$1,65
PR R$1,80
SC R$1,80
RS R$1,75

Ovos

Com mais quedas nos preços, o mercado segue com as ofertas equilibradas e se preparando para a chegada de um novo mês.

Aproveitando o clima frio (ótimo para a conservação do ovo) e as quedas nos preços, os compradores e atacadistas já iniciam um movimento mais forte nas compras.
Para o produtor, pensar um pouco mais antes de negociar aos preços dos informativos, não vai fazer mal.

Ovos brancos
SP R$45,90
RJ R$49,00
MG R$49,00
Ovos vermelhos
MG R$51,00

RJ R$51,00
SP R$47,90

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 81,00, com a variação em relação ao dia anterior de 0,09%. A variação registrada no mês de Junho é de -1,04%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou o dia de ontem cotado a US$ 40,87, com a variação em relação ao dia anterior de 0,1% e com a variação de -1,04% no acumulado do mês na moeda norte-americana.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.

Boi gordo
Triangulo MG R$74,00
Goiânia GO R$72,50
Dourados MS R$75,00
C. Grande MS R$74,00
Três Lagoas MS R$75,00
Cuiabá MT R$71,00
Marabá PA R$66,00
Belo Horiz. MG R$74,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 49,71. O mercado apresentou uma variação de 1,45% em relação ao dia anterior. O mês de Junho apresenta uma variação de -0,4%.

O valor da saca em dólar fechou o dia de ontem cotado a US$ 25,08, com a variação em relação ao dia anterior de 3,59%, e com a variação de -0,99% no acumulado do mês.

Soja
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$50,50
Goiás – GO (média estadual) R$45,50
Mato Grosso (média estadual) R$46,00
Paraná (média estadual) R$49,71
São Paulo (média estadual) R$50,00
Santa Catarina (média estadual) R$48,50
M. Grosso do Sul (média estadual) R$47,00
Minas Gerais (média estadual) R$48,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 22,07. O mercado apresentou uma variação de -0,35% em relação ao dia anterior e de -0,86% no acumulado do mês de Junho.

O valor da saca em dólar fechou o dia de ontem em US$ 11,14, com uma variação de 1,76% em relação ao dia anterior, e com a variação de -1,46% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.

Milho
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$17,50
Minas Gerais (média estadual) R$19,00
Mato Grosso (média estadual) R$15,00
M. Grosso Sul (média estadual) R$18,00
Paraná (média estadual) R$21,00
São Paulo (média estadual) R$22,07
Rio G. do Sul (média estadual) R$22,50
Santa Catarina (média estadual) R$23,00