Análise de Mercado – 06 de Julho.
Suíno vivo
A suinocultura não vai ter preço mínimo de referência no Brasil, porque faltam condições de estocagem. A medida também pode gerar problemas futuros de comercialização. O anúncio foi feito pelo ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, no 13º Seminário Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura, que terminou nesta sexta, dia 3, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Os produtores vão estudar propostas alternativas para apresentar ao governo federal. Para o governo do Estado, a medida é necessária. O vice-governador do Paraná, Orlando Pessutti, defende o preço mínimo como fundamental para a sobrevivência da suinocultura, ainda que esta seja uma solução de médio e longo prazos e com custo elevado.
O ministro Reinhold Stephanes disse que a suinocultura tem características que tornam difícil ajustar a produção à demanda em curto prazo. Por isso, o preço mínimo de referência vai ser substituído por outros mecanismos de apoio ao produtor. Se os governos têm opiniões diferentes em relação ao preço mínimo, o mesmo não acontece quando o assunto é mercado. Governos federal e estadual alertam para as novas possibilidades que o mercado chinês e até japonês representam. E concordam também que os produtores de suínos devem trabalhar para aumentar o consumo interno, como garantia de manutenção de bons preços e expansão do setor.
Em três anos, a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) quer aumentar o consumo em dois quilos por pessoa ao ano, no Brasil, e chegar a 15 quilos per capita/ano. Pelos cálculos da instituição, isso representa 200 mil novas matrizes, R$ 1 bilhão em investimentos em granjas e 12 mil novos empregos diretos. Mas, no encontro que acabou nesta sexta, o principal problema do setor é a falta de união dos produtores, mais do que os gargalos da indústria e do varejo. A opinião é do novo presidente da ABCS, Irineu Wessler, eleito esta semana, que quer mudar este cen ário.
Conquista do mercado interno é saída para o setor: o desenvolvimento do mercado interno é crucial para a sustentabilidade econômica da suinocultura brasileira. Para o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o setor se ressente de uma maior participação da carne suína na mesa dos brasileiros. “A suinocultura brasileira registrou uma queda de preços relativamente forte nos primeiros meses do ano, embora a demanda externa tenha aumentado nesse período”, afirma Stephanes. “O problema está no mercado interno. O consumo de carne suína está estagnado e precisa crescer”.
Segundo o ministro, apesar dos esforços realizados nos últimos anos, o setor suinícola não tem conseguido se organizar para oferecer aquilo que o mercado consumidor demanda. “É preciso garantir uma apresentação e variedade de cortes que estimule as pessoas a consumirem o produto”, afirma. Stephanes enfatizou também a importância de um maior controle da produção. “É preciso te r uma visão clara da demanda para que se produza de acordo com o que o mercado necessita, evitando excedentes que acabam ocasionando a queda de preços”, adverte. “Sei que isso não é fácil, mas às vezes temos que pensar dentro dessa linha”.
O ministrou citou o exemplo da avicultura. Em outubro do ano passado, diante da crise financeira internacional, o setor decidiu reduzir em 15% o alojamento de pintinhos. O ajuste foi feito, os preços reagiram e hoje o setor está paulatinamente aumentando sua produção. “Excesso de oferta deprime os preço. Portanto, esse controle, esse equilíbrio entre produção e demanda é desejável”, afirma o Stephanes. (Suinocultura Industrial / Canal Rural)
GO R$2,45
MG R$2,20
SP R$2,40
RS R$2,08
SC R$2,00
PR R$2,27
MS R$1,75
MT R$2,20
Frango vivo
A menos que a antevista reação de preços ocorra já nesta segunda-feira, o frango vivo comercializado no interior paulista entra hoje na sua quinta semana (29 dias corridos) de preço estável em R$1,90/kg. Supera, assim, o recorde de estabilidade deste ano – 27 dias corridos a R$1,80/kg, entre 2 e 28 de fevereiro de 2009.
Mesmo assim, o produto continua aquém de seu recorde absoluto e conjunto de preço e de estabilidade – R$1,95/kg, valor praticado durante 35 dias entre agosto e setembro do ano passado e que acabou interrompido e derrubado pela eclosão da crise econômica mundial.
É cedo para falar em repetição dessa estabilidade. É certo, entretanto, que no decorrer de julho o frango vivo volte a alcançar a cotação de agosto/setembro do ano passado, pois embora a produção dos últimos meses venha aumentando, o incremento das exportações vem neutralizando eventuais descompassos entre produção e demanda interna.
E é isso que precisa ficar bem claro para toda a avicultura de corte: o mercado interno só vem proporcionando remuneração mais adequada aos produtores exatamente porque o aumento das exportações absorve os adicionais que poderiam se transformar em excedentes internos e derrubar preços. Isso, naturalmente, não pode ser perdido de vista em nenhum momento se o setor pretende se recuperar integralmente. (AviSite)
SP R$1,90
CE R$2,70
MG R$2,10
GO R$1,85
MS R$1,60
PR R$1,75
SC R$1,80
RS R$1,80
Ovos
Embora tenha atravessado os últimos dias de junho sem as reduções típicas de todo final de mês (há quase duas semanas os preços permanecem estáveis) e apresente, no momento, tendências de reversão, pois o mercado é relativamente firme, o ovo continua a padecer do mesmo mal observado em cinco dos seis meses do primeiro semestre: cotação média inferior à do mesmo mês do ano passado.
Isso quer dizer que, neste ano, em apenas uma ocasião – abril, final de Quaresma – os preços do ovo foram superiores aos de um ano atrás. Mas – note-se – não porque as cotações melhoraram e, sim, porque no ano passado (Páscoa em março), as cotações de abril foram extremamente baixas.
Sem dúvida isso é devido a um descompasso entre produção e consumo, causado provavelmente (pelo menos neste momento) por uma retenção de poedeiras além da idade ideal. Acelerar e manter descartes pode fazer toda a diferença. (AviSite)
Ovos brancos
SP R$45,90
RJ R$49,00
MG R$49,00
Ovos vermelhos
MG R$51,00
RJ R$51,00
SP R$47,90
Boi gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 81,66, com a variação em relação ao dia anterior de 0,22%. A variação registrada no mês de Julho é de -0,44%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou a semana cotado a US$ 41,83, com a variação em relação ao dia anterior de 0,22% e com a variação de 0,19% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Triangulo MG R$74,00
Goiânia GO R$72,00
Dourados MS R$75,00
C. Grande MS R$75,00
Três Lagoas MS R$75,00
Cuiabá MT R$71,00
Marabá PA R$68,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 50,79. O mercado apresentou uma variação de -0,31% em relação ao dia anterior. O mês de Julho apresenta uma variação de 1,72%.
O valor da saca em dólar fechou a semana cotado a US$ 26,02, com a variação em relação ao dia anterior de –0,31%, e com a variação de 2,36% no acumulado do mês.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$51,50
Goiás – GO (média estadual) R$46,50
Mato Grosso (média estadual) R$46,60
Paraná (média estadual) R$50,79
São Paulo (média estadual) R$51,50
Santa Catarina (média estadual) R$50,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$48,00
Minas Gerais (média estadual) R$48,50
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a sexta-feira cotada a R$ 21,46. O mercado apresentou uma variação de –0,03% em relação ao dia anterior e de –0,94% no acumulado do mês de Julho.
O valor da saca em dólar fechou a semana em US$ 10,99, com uma variação de –0,03% em relação ao dia anterior, e com a variação de –0,33% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
(Jornalismo Integrado – Assessoria de Comunicação)
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$17,30
Minas Gerais (média estadual) R$18,50
Mato Grosso (média estadual) R$14,00
M. Grosso Sul (média estadual) R$17,00
Paraná (média estadual) R$19,50
São Paulo (média estadual) R$21,46
Rio G. do Sul (média estadual) R$23,00
Santa Catarina (média estadual) R$22,00