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Mercado Interno

Análise de Mercado

Confira cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional.

Análise de Mercado de 4 de agosto de 2009

Suíno Vivo

A produção e consumo de carne suína em Mato Grosso se manteve estável, apesar da redução no preço no primeiro semestre deste ano. “As exportações se mantiveram, mas o preço caiu em torno de 40%”, comentou o suinocultor e diretor da Coopermutum, Valdomir Otonelli.

O volume de exportação foi de 12,8 mil toneladas no período de janeiro a junho deste ano, contra 7,8 mil no mesmo período do ano passado.

Isso significou um crescimento de 11,12%, segundo dados da Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt).

Os principais países importadores de carne suína são Rússia, seguida de Hong Kong, Cingapura e China. “Se fizermos um paralelo em relação ao ano passado, [o preço] caiu bastante”, diz.

No primeiro semestre do ano passado, o preço médio do quilo de carne suína estava estimado em R$ 3. Neste ano, o preço pago ao produtor pela mesma quantidade não supera a margem de R$ 1,75 a R$ 1,80. Isso representa uma queda média 40% no período.

De acordo com o gerente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Custódio Rodrigues de Castro, o custo de produção médio para o suinocultor de Mato Grosso é de R$ 2,05 o quilo, enquanto o preço de comercialização com os frigoríficos não supera R$ 1,80.

Ainda assim, o custo de produção para o suinocultor mato-grossense é menor se comparado com outras regiões brasileiras, como o Rio Grande do Sul, uma vez que o confinamento do rebanho é facilitado com a produção em alta escala de soja e milho. “Nosso problema é que temos um custo de logística maior”, lembra Otonelli.

Nesse contexto de crise, uma medida adotada pelos produtores é a comercialização do animal para abate com um peso menor. Suínos que eram repassados aos frigoríficos com peso entre 115 kg e 120 kg agora são abatidos com até 20 kg abaixo do peso normal. “Essa é uma medida paliativa, mas que já repercute no mer cado, uma vez que gera menos oferta de carne”, observou o gerente da Acrismat.

Para o Otonelli, a queda no preço foi deflagrada pela crise financeira global. “A gripe [Influenza A – H1N1] prejudicou um pouco mais”, informou.
“O Brasil é um grande exportador de frango e boi”, lembra o diretor da Coopermutum. Entretanto, a exportação de carne suína não é tão expressiva quanto essas, na avaliação do diretor. Mesmo assim, ele observa que a comércio exterior de carne bovina sofreu redução de 16% no primeiro semestre de 2009.

Segundo Valdomir Otonelli, no período de janeiro a maio foram abatidos 233 mil suínos em Mato Grosso.

Em todo o Estado, há 600 produtores, sendo 280 cadastrados na Acrismat.

O rebanho mato-grossense está estimado em 1,2 milhão de cabeças. Deste total, há 96 mil matrizes, com capacidade de gerar 23 animais ao ano.

Em todo o Estado, há dois frigoríficos habilitados para exportação de carne suína, localizados em Nova M utum e Rondonópolis. Legalizados com o Serviço de Inspeção Sanitária Estadual (Sise), para comercialização interna, são cerca de oito unidades.

De acordo com o diretor da Coopermutum, a expectativa dos produtores é que o governo federal incentive a abertura de mercados para o setor e a melhora nos preços a partir do próximo mês.

Venda no supermercado não registra alteração – Preço frente à carne bovina estimula compra.

Suíno vivo
GO R$2,40
MG R$2,35
SP R$2,03
RS R$1,93
SC R$1,90
PR R$1,73
MS R$1,90
MT R$1,75

Frango Vivo

A perspectiva de uma melhora nos exportações de carne do frango no decorrer do segundo semestre do ano permanece latente: comparativamente ao mês anterior, o último do primeiro semestre, o período foi aberto com recuos no volume embarcado (-4,32%) e na receita cambial (-2,18%). Ou seja: só o preço médio alcançado pelo produto apresentou ligeira melhora, daí o índice proporcionalmente menor de queda na receita cambial comparativamente ao retrocesso no volume.

Comparativamente a julho de 2008, os três quesitos continuaram negativos: a receita cambial foi quase um quarto menor (queda de 23,89%), o volume embarcado recuou 5,66% e o preço médio registrou queda de 17,48%.

Frango vivo
SP R$1,60
CE R$1,90
MG R$1,80
GO R$1,65
MS R$1,50
PR R$1,70
SC R$1,75
RS R$1,70

Ovos

Com um fim de semana já mais ativo nas vendas, o produtor vem conseguindo melhores preços devido principalmente ao início de mês.

Acreditamos que ainda é muito cedo afirmar que a produção vem diminuindo. Pois mesmo neste início de semana as ofertas ainda se encontram folgadas.

Mas espera-se a volta do equilíbrio entre oferta e demanda em breve.

Ovos brancos
SP R$45,90

RJ R$49,00
MG R$49,00
Ovos vermelhos
MG R$51,00
RJ R$51,00
SP R$47,90

Boi gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 79,78, com a variação em relação ao dia anterior de -0,71%. A variação registrada no mês de Agosto é de -0,71%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 43,48, com a variação em relação ao dia anterior de 0,91% e com a variação de 0,91% no acumulado do mês na moeda norte-americana.

Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.

A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.

Boi gordo
Triangulo MG R$72,00
Goiânia GO R$72,50
Dourados MS R$75,00
C. Grande MS R$75,00
Três Lagoas MS R$75,00
Cuiabá MT R$69,50
Marabá PA R$65,00
Belo Horiz. MG R$74,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 49,48. O mercado apresentou uma variação de 1,41% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresenta uma variação de 1,41%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 26,97, com a variação em relação ao dia anterior de 3,1%, e com a variação de 3,1% no acumulado do mês.

Soja
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$49,50
Goiás – GO (média estadual) R$45,50
Mato Grosso (média estadual) R$45,00
Paraná (média estadual) R$49,48
São Paulo (média estadual) R$50,00
Santa Catarina (média estadual) R$50,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$46,30
Minas Gerais (média estadual) R$47,00

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 19,67. O mercado apresentou uma variação de -0,74% em relação ao dia anterior e de -0,74% no acumulado do mês de Agosto.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 10,72, com uma variação de 0,89% em relação ao dia anterior, e com a variação de 0,89% no acumulado do mês.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.

Milho
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$15,50
Minas Gerais (média estadual) R$17,50
Mato Grosso (média estadual) R$12,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$16,50
Paraná (média estadual) R$18,00
São Paulo (média estadual) R$19,67
Rio G. do Sul (média estadual) R$20,50
Santa Catarina (média estadual) R$21,50