Análise de Mercado do dia 25 de agosto de 2009
Suíno Vivo
A suinocultura de Mato Grosso acumula um prejuízo de 19,04%. O percentual se refere à diferença entre o custo para produzir um quilo de carne, que é de R$ 2,10 e o valor pago ao criador por este mesmo quilo, que é de R$ 1,70. E como se não bastasse, os preços ao consumidor final não acompanham esta tendência, o que faz com que o setor não tenha alternativas para recuperar o déficit. A saída mais viável, a curto prazo, seria aumentar o consumo, decorrente do barateamento no preço da carne.
O presidente da Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), Luiz Antônio Ortolan Salles, afirma que o suinocultor está passando por uma grave crise e não vê perspectivas de melhoras que não sejam em consequência do fomento ao consumo. Ele conta que a situação foi ainda mais agravada com a pandemia da Influenza A H1N1, chamada também de gripe suína, que retraiu o consumo. “A falta de informação e a forma como foi divulgada a ocorrência da gripe fez com que muitas pessoas deixassem de consumir carne suína, causando mais apreensão ao setor produtivo”.
Para tentar minimizar os efeitos da crise, o presidente diz que a tendência é o abate de matrizes, assim como ocorreu com a pecuária, associado ao abate precoce dos animais. “Se antes o animal era abatido com uma média de 110 kg, agora ele está sendo enviado ao frigorífico com peso entre 95 e 100 kg”. Porém, mesmo com o cenário desfavorável, a entidade promoverá cursos de aperfeiçoamento na criação de suínos e também de tratamento de dejetos, que estão agendados para o mês de outubro. Os treinamentos ocorrerão em Lucas do Rio Verde e Várzea Grande e têm o objetivo de otimizar a suinocultura.
Suíno vivo
GO R$2,60
MG R$2,60
SP R$2,35
RS R$2,02
SC R$1,90
PR R$2,10
MS R$1,90
MT R$1,95
Frango Vivo
Intensificadas nos últimos dias, as quedas de preço do frango vivo prosseguiram ontem, segunda-feira, tanto no mercado paulista como no mineiro. Pior para o produtor de Minas Gerais que enfrentou uma redução de dez centavos e viu a cotação do frango vivo recuar para R$1,35/kg – 45 centavos a menos que o registrado nos primeiros dez dias de agosto. E como em São Paulo a redução foi de cinco centavos, os preços nas duas praças voltaram a se igualar (desta vez em R$1,35/kg), como havia ocorrido entre terça e quinta-feira da semana passada.
É curioso notar que, cerca de seis semanas atrás, em São Paulo e em Minas Gerais o frango vivo ainda alcançava sua melhor cotação de 2009 – R$1,90/kg e R$2,10/kg, respectivamente. Ou seja: então, ao alojarem os pintos de um dia, os produtores tinham a melhor expectativa possível em relação ao mercado futuro. Mas, quarenta e dois dias depois, ao comercializarem aquelas aves para o abate, estão recebendo 29% menos em São Paulo e 36% menos em Minas Gerais.
Frango vivo
SP R$1,35
CE R$2,20
MG R$1,35
GO R$1,50
MS R$1,45
PR R$1,65
SC R$1,60
RS R$1,60
Ovos
Com um cenário diferente, o mercado começa a ter melhores movimentos na demanda desde ontem.
Como esta semana é a que antecede o início do mês e aproveitando os baixos preços, atacado e varejo já iniciam maiores compras.
Desta maneira, espera-se um melhor equilíbrio entre demanda e oferta em breve.
Ovos brancos
SP R$45,90
RJ R$49,00
MG R$49,00
Ovos vermelhos
MG R$51,00
RJ R$51,00
SP R$47,90
Boi Gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 77,47, com a variação em relação ao dia anterior de 0,26%. A variação registrada no mês de Agosto é de -3,58%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 41,99, com a variação em relação ao dia anterior de -0,5% e com a variação de -2,55% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
Boi gordo
Triangulo MG R$72,00
Goiânia GO R$68,50
Dourados MS R$74,00
C. Grande MS R$74,00
Três Lagoas MS R$75,00
Cuiabá MT R$69,50
Marabá PA R$67,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 48,01. O mercado apresentou uma variação de 1,8% em relação ao dia anterior. O mês de Agosto apresenta uma variação de -1,6%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 26,02, com a variação em relação ao dia anterior de 1,01%, e com a variação de -0,54% no acumulado do mês.
Soja
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$48,00
Goiás – GO (média estadual) R$46,00
Mato Grosso (média estadual) R$45,00
Paraná (média estadual) R$48,01
São Paulo (média estadual) R$48,50
Santa Catarina (média estadual) R$49,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$47,50
Minas Gerais (média estadual) R$47,00
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a segunda-feira cotada a R$ 19,32. O mercado apresentou uma variação de -0,23% em relação ao dia anterior e de -2,5% no acumulado do mês de Agosto.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 10,47, com uma variação de -0,98% em relação ao dia anterior, e com a variação de -1,44% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
Milho
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$15,00
Minas Gerais (média estadual) R$16,50
Mato Grosso (média estadual) R$11,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$16,00
Paraná (média estadual) R$18,00
São Paulo (média estadual) R$19,32
Rio G. do Sul (média estadual) R$21,00
Santa Catarina (média estadual) R$21,00