Análise de Mercado do dia 2 de setembro de 2009
Suíno Vivo
As exportações de carne suína em agosto de 2009 totalizaram 39,9 mil toneladas, conforme estatísticas divulgadas hoje pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC). Na comparação com o volume exportado em agosto de 2008, de 42,1 mil toneladas, verifica-se uma queda de 5%.
“Infelizmente, não temos conseguido aumentar as exportações”, diz Pedro de Camargo Neto, presidente da Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína (Abipecs).
A Abipecs estima que novamente, em 2009, as exportações permanecerão ao redor 600 mil toneladas. “Nos mercados atualmente abertos para as exportações do Brasil, temos perdido competitividade como resultado da política cambial, que vem seguidamente fortalecendo o Real. A abertura de novos mercados prossegue de maneira excessivamente lenta”, comenta Camargo Neto.
Vietnã abriu seu mercado – “Felizmente, neste mês, o Vietn ã abriu seu mercado para as importações de carne suína de toda a região livre de febra aftosa com ou sem vacinação. Esperamos brevemente iniciar as exportações para este novo país da Ásia”, diz o presidente da Abipecs.
O Vietnã é importante consumidor de carne suína e produz a maior parte das 2,5 milhões de toneladas que consome, porém passou a importar pequenas quantidades recentemente. A FAO estimou que em 2009 o Vietnã poderá importar cerca de 30 mil toneladas. A ABIPECS participará de missão comercial ao Vietnã, nos dias 3 e 4 de outubro, liderada pelo Ministério da Agricultura.
África do Sul: expectativa – “Esperamos que hoje, na reunião do fórum IBAS (iniciativa trilateral entre Índia, Brasil e África do Sul, desenvolvida no intuito de promover a cooperação Sul-Sul), o governo brasileiro tenha utilizado a oportunidade para reiterar a solicitação de reabertura do mercado sul-africano para as exportações de carne suína”, afirma Camargo Neto.
A África do Sul é o último país que ainda mantém embargo à importação em função do foco de febre aftosa de 2005. Em julho, o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz, acompanhado de dois diretores de departamento da área animal do Ministério da Agricultura, visitaram Pretória com o objetivo de esclarecer todas as dúvidas das autoridades do país visando à reabertura do mercado.
Na opinião de Pedro de Camargo Neto, “o IBAS não pode se restringir a questões políticas. É essencial tratar de pendências comerciais, como o triste caso do embargo à carne suína”.
Suíno vivo
GO R$2,50
MG R$2,50
SP R$2,35
RS R$2,02
SC R$2,00
PR R$2,10
MS R$1,90
MT R$1,95
Frango Vivo
Em cada um dos oito primeiros anos da “era 2000”, o preço médio do frango vivo sempre apresentou, no segundo semestre, variação positiva em comparação ao primeiro semestre. O que, por sinal, não chega a ser novidade, visto que a segunda metade de cada exercício não só contém o período de maior consumo (as Festas), mas também corresponde ao momento mais crítico da entressafra da carne.
Por isso, é quase impossível encontrar um segundo semestre que tenha apresentado retrocesso de preços em relação ao semestre inicial do ano. E isso se aplica inclusive àqueles exercícios de crise – caso, por exemplo, de 2006, ano em que o preço médio do frango vivo no segundo semestre superou em 28,31% a média do primeiro semestre.
Mas em 2009, parece, essa regra será rompida, pois os preços pagos pelo frango vivo vêm seguindo trajetória oposta à normal para esta época do ano. Com isso, o preço médio registrado no s dois primeiros meses do segundo semestre são 4,09% inferiores à média do primeiro semestre.
Para que essa perda seja neutralizada e o produto feche o semestre com, pelo menos, o mesmo resultado nominal do primeiro semestre, é necessário alcançar-se, entre setembro corrente e dezembro vindouro, um valor médio mensal de R$1,75/kg. Mas até isso soa um tanto inviável, pois requer, por exemplo, que o atual preço recebido pelo setor sofra uma valorização de 35%.
Em tempo: os cálculos, aqui, foram realizados em torno do frango vivo. Mas podem ser aplicados com a mesma eficiência (e, eventualmente, com ganhos ainda maiores) ao frango abatido.
Frango vivo
SP R$1,30
CE R$2,20
MG R$1,35
GO R$1,50
MS R$1,40
PR R$1,65
SC R$1,55
RS R$1,60
Ovos
Depois de alguns reajustes, os preços seguem estáveis mas, com o crescimento da demanda, isto pode deixar o mercado mais equilibrado.
Mais reajustes nos preços, somente com uma falta de mercadoria, o que ainda não vem acontecendo.
Ovos brancos
SP R$45,90
RJ R$49,00
MG R$49,00
Ovos vermelhos
RJ R$51,00
SP R$47,90
Boi Gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 76,23, com a variação em relação ao dia anterior de -0,14%. A variação registrada no mês de Setembro é de -0,14%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 40,02, com a variação em relação ao dia anterior de -0,97% e com a variação de -0,97% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
Boi gordo
Triangulo MG R$72,00
Goiânia GO R$70,50
Dourados MS R$73,00
C. Grande MS R$73,00
Três Lagoas MS R$73,00
Cuiabá MT R$69,50
Marabá PA R$66,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 47,92. O mercado apresentou uma variação de -0,62% em relação ao dia anterior. O mês de Setembro apresenta uma variação de -0,62%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 25,16, com a variação em relação ao dia anterior de -1,45%, e com a variação de -1,45% no acumulado do mês.
Soja
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$48,00
Goiás – GO (média estadual) R$44,50
Mato Grosso (média estadual) R$44,50
Paraná (média estadual) R$47,92
São Paulo (média estadual) R$48,00
Santa Catarina (média estadual) R$48,50
M. Grosso do Sul (média estadual) R$46,50
Minas Gerais (média estadual) R$46,50
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 19,27. O mercado apresentou uma variação de -0,14% em relação ao dia anterior e de -0,14% no acumulado do mês de Setembro.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 10,11, com uma variação de -0,97% em relação ao dia anterior, e com a variação de -0,97% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
Milho
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$15,00
Minas Gerais (média estadual) R$16,50
Mato Grosso (média estadual) R$12,00
M. Grosso Sul (média estadual) R$16,00
Paraná (média estadual) R$18,00
São Paulo (média estadual) R$19,27
Rio G. do Sul (média estadual) R$21,00
Santa Catarina (média estadual) R$21,50