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Mercado Interno

Análise de Mercado

Veja cotações e situação de alguns dos principais produtos do agronegócio nacional, como frango, ovos e suíno.

Análise de Mercado do dia 28 de outubro

Suíno Vivo

É muito comum ouvir que o baixo consumo da carne suína no Brasil está relacionado a determinados mitos que ainda a cercam. Possivelmente eles tenham sua influência, mas talvez já não sejam a principal razão e nem produzam o impacto que ainda hoje se imagina deles. O grande entrave estaria muito mais na apresentação do produto nas gôndolas dos supermercados, no fato de o setor suinícola acreditar que o consumidor não é responsabilidade sua e no foco da ampliação do mercado estar direcionado às exportações e não ao consumo interno.

Para o conselheiro de Relações com o Mercado da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), Rubens Valentini, são estes alguns dos fatores que realmente emperram o crescimento do consumo per capita da carne suína no Brasil e não necessariamente os mitos em torno de sua produção e qualidade. Valentini analisou o assunto durante a palestra que ministrou na manhã de ontem (27/ 10), abrindo o 14º Congresso da Abraves em Uberlândia (MG).

“O setor precisa deixar de achar que o consumidor não lhe diz respeito. É a dona-de-casa que compra e prepara nosso produto e, por conseqüência, paga nosso salário”, explica Valentini. “Não adianta imaginar que é só colocar o produto no mercado e simplesmente ela irá comprá-lo”. Pesquisas encomendadas pela ABCS apontaram que o brasileiro gosta do sabor da carne suína. Este, entre outros resultados, serviram de base para a campanha “Um Novo Olhar sobre a Carne Suína”, responsável por aumentar entre 50% a 210% as vendas do produto nos supermercados onde foi implantada.

Exemplos internacionais – No mundo, o consumo per capita é bem mais elevado do que no Brasil. Na Espanha são 66 kg por habitante/ano, na Dinamarca 63 kg e na Alemanha 54 kg, para ficar em exemplos europeus.
O Brasil se mantém nos 13 kg per capita. Porém, diferentemente dos brasileiros, cujo consumo se concentra nos produtos industrializados, n estes países o maior percentual está na aquisição da carne suína in natura. Um espanhol, por exemplo, se alimenta por ano de 80 kg de carne fresca, incluindo todas as carnes, e somente de 30 kg do produto processado.

Segundo Valentini, um diferencial importante é a disposição da carne suína nos mercados. Na Europa e países da Ásia, elas ficam em porções adequadas ao atual tamanho das famílias, além de embaladas ou dispostas em cortes em balcões refrigerados. Também há uma diversidade grande de opções, que vão da carne moída ao hambúrguer e ao cortes mais tradicionais em porções menores. Quando aplicada estas mesmas práticas durante a campanha “Um Novo Olhar”, o consumidor brasileiro reagiu bem e comprou mais o produto. “Nestes países suas populações comem muito o produto in natura por isto o consumo é grande”, afirma Valentini.

O conselheiro da ABCS também explica que a carne suína é a de menor participação relativa no comércio internacional, com um percentual de 7,32% , ante 13,06% das aves e 14,49% dos bovinos. Ou seja, muitos países produzem o suíno e as importações são para atender o percentual que falta de suas demandas. Outro dado é que dos nove maiores exportadores, apenas o Brasil não é livre de aftosa com vacinação.
“Nos últimos seis anos não abrimos nenhuma mercado e temos mantido patamares estáveis de exportações”, aponta Valentini. “Só que nossa produção continua a crescer”.

A solução para Valentini é desenvolver o mercado interno, que registrou uma queda de 28% para 14% na participação relativa da carne suína no consumo de carnes. “Precisamos mudar a ideia de que ‘vendemos’ carne suína. Vender é para commodity. Nós precisamos ‘comercializar’ carne suína, que é um ato mais complexo e envolve identificar qual é nosso consumidor, desenvolver estratégias de marketing e criar o produto que ele quer e necessita”, concluiu o conselheiro da ABCS.

Suíno vivo
GO R$2,80
MG R$2,60
SP R$2,61
RS R$2,38
SC R$2,30
PR R$2,40
MS R$1,90
MT R$2,25

Frango Vivo

Enquanto o alojamento brasileiro de matrizes de corte recuou 9,32% nos nove primeiros meses de 2009, entre os cinco principais estados alojadores – pela ordem, Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais – o decréscimo foi ligeiramente maior, de 10,38%.

Isso, porém, não ocorreu de maneira harmônica, já que as maiores reduções ficaram restritas aos dois estados do Sudeste – São Paulo e Minas, onde o volume alojado entre janeiro e setembro de 2009 apresentou retrocesso de 20,23% e 18,80%, respectivamente.

No Sul, as reduções registradas ficaram aquém da média: -8,17% em Santa Catarina; -5,13% no Paraná; e -4,16% no Rio Grande do Sul.
O menor alojamento observado entre os “cinco grandes” fez com que a participação deles no alojamento global sofresse redução de 0,95 ponto percentual, passando de 80,44% nos nove primeiros meses de 2008 para 79,49% no mesmo período de 2009 .

Frango vivo
SP R$1,40
CE R$1,90
MG R$1,60
GO R$1,55
MS R$1,40
PR R$1,65
SC R$1,55
RS R$1,51

Ovos

Sem alterações nos preços, o mercado segue com um relativo equilíbrio entre oferta e demanda, garantindo assim uma esperança de melhores preços ainda nesta semana.

Ovos brancos
SP R$33,90
RJ R$34,00
MG R$34,00
Ovos vermelhos

MG R$36,00
RJ R$36,00
SP R$35,90

Boi Gordo

A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 75,51, com a variação em relação ao dia anterior de -0,87%. A variação registrada no mês de Outubro é de -5,13%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).

O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 43,42, com a variação em relação ao dia anterior de -0,8% e com a variação de -3,34% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.

Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.

Boi gordo
Triangulo MG R$74,00
Goiânia GO R$73,50
Dourados MS R$73,00
C. Grande MS R$73,00
Três Lagoas MS R$73,00
Cuiabá MT R$70,50
Marabá PA R$70,00
Belo Horiz. MG R$74,00

Soja

A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 44,61. O mercado apresentou uma variação de -0,34% em relação ao dia anterior. O mês de Outubro apresenta uma variação de -0,02%.

O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 25,65, com a variação em relação ao dia anterior de -0,27%, e com a variação de 1,83% no acumulado do mês.

Soja
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$46,50
Goiás – GO (média estadual) R$43,00
Mato Grosso (média estadual) R$42,50
Paraná (média estadual) R$44,76
São Paulo (média estadual) R$49,00
Santa Catarina (média estadual) R$47,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$44,50
Minas Gerais (média estadual) R$47,50

Milho

A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a terça-feira cotada a R$ 20,91 a saca. O mercado apresentou uma variação de 0,13% em relação ao dia anterior e de 7,35% no acumulado do mês de Outubro.

O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 12,02, com uma variação de 0,19% em relação ao dia anterior, e com a variação de 9,39% no acumulado do mês.

O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.

Milho
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$16,50
Minas Gerais (média estadual) R$17,50
Mato Grosso (média estadual) R$13,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$17,00
Paraná (média estadual) R$19,00
São Paulo (média estadual) R$20,91
Rio G. do Sul (média estadual) R$21,50
Santa Catarina (média estadual) R$21,50