Análise de Mercado do dia 6 de novembro
Suíno Vivo
Ainda que algumas empresas tenham conseguido renegociar preços de contratos de exportação e pelo menos amenizar a contínua desvalorização do dólar diante do real, em geral os frigoríficos brasileiros exportadores continuam com dificuldades para obter uma remuneração melhor pelos embarques efetuados.
Estatísticas da Secretaria de Comércio Exterior (Secex) mostram que, em outubro, os preços médios em dólar das carnes in natura bovina, suína e de frango exportadas pelo país ficaram novamente abaixo do mesmo mês de 2008. Em relação a setembro deste ano, os preços em dólar da carne suína apresentaram reação, mas as carnes bovina e de frango voltaram a retroceder.
Destaque positivo de outubro, as vendas de carne suína do país no exterior somaram 56 mil toneladas e renderam US$ 120,5 milhões. Em relação a setembro, houve altas de 8,4% e 14,6%, respectivamente, e o preço médio dos embarques foi 5,7% maior. Na comp aração com outubro do ano passado, o volume subiu 47,2%, mas o valor dos embarques caiu 2,3%, já que o preço médio foi 33,7% mais baixo.
Os volumes exportados de carnes bovina e de frango cresceram em outubro em relação a setembro – 6,5% e 15,5%, respectivamente – e garantiram receitas mais elevadas (3,5% e 13,5%), mas nos dois casos os preços médios diminuíram (2,8% e 1,9%). Na comparação com outubro de 2008, os preços médios das vendas de ambas diminuíram (21,4% e 18,7%), o que derrubou as respectivas receitas apesar do salto de 11,2% do volume de carne de frango in natura exportado.
Em evento na terça-feira na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Alexandre Mendonça de Barros, analista dos braços agrícolas da Fundação Getulio Vargas (FGV) e da MB Associados, mostrou preocupação com o desempenho das exportações de carnes. “Os volumes exportados não estão ruins, mas no padrão carne barata para países pobres”, disse ele, como informou a edição de ont em do Valor.
É um problema que não prejudica apenas as carnes. Os dados da Secex mostram que, de uma seleção de 15 produtos agropecuários importantes na pauta exportadora nacional, dez registraram aumento dos preços médios dos embarques em relação a setembro (café em grão, farelo de soja, óleo de soja, suco de laranja, açúcar bruto e refinado, carne suína in natura, couro, fumo em folhas e etanol), mas cinco amargaram quedas – além das carnes bovina e de frango, houve perdas nos casos de soja em grão, algodão e milho.
Nesta série, o grande destaque positivo foi o suco de laranja, cujo preço médio dos embarques aumentou 24,3%, maior incremento da lista. O açúcar, tanto bruto quanto o refinado, e o fumo em folhas, também registraram valorizações significativas.
A mesma seleção de 15 produtos apresenta “saldo negativo” na comparação de preços de outubro deste ano e outubro de 2008. Neste caso, dez itens aparecem com queda (café em grão, soja em grão, óleo de soja, suco de laranja, as três carnes já citadas, couro, milho e etanol) e cinco em alta (farelo de soja, açúcar bruto e refinado, fumo em folhas e algodão).
Suíno vivo
GO R$2,60
MG R$2,50
SP R$2,56
RS R$2,28
SC R$2,20
PR R$2,30
MS R$1,90
MT R$2,15
Frango Vivo
Nas estimativas do Departamento de Agricultura dos EUA, praticamente três quartos do comércio mundial de carne de frango em 2010 estará nas mãos de apenas dois países, Brasil e EUA. A maior parcela – 40% do total – estará sob a responsabilidade do Brasil.
Do [perto de] um quarto restante, quase 20% estarão distribuídos entre quatro países ou bloco de países: União Européia, com 8,63% do total; Tailândia, com 5,04% do total; China, com 3,05% do total; e Argentina, com 2,45% do total.
Se as projeções do USDA (que não incluem o comércio de patas de frango) se confirmarem, a participação brasileira estará aumentando 4,20% em relação ao previsto para 2009, enquanto a norte-americana sofrerá redução de 6,42%.
Frango vivo
SP R$1,40
CE R$2,10
MG R$1,60
GO R$1,45
MS R$1,35
PR R$1,58
SC R$1,45
RS R$1,47
Ovos
Mesmo com a melhora gradativa nas vendas, os preços tem novos reajustes negativos piorando muito a situação dos produtores.
Tudo indica que o fundo do poço para os produtores está muito longe…
O interessante de todo o mercado, é que grandes produtores não estão com sobras e que as exportações vem crescendo muito ultimamente.
Ovos brancos
SP R$33,90
RJ R$35,00
MG R$35,00
Ovos vermelhos
RJ R$37,00
SP R$35,90
Boi Gordo
A arroba do Boi Gordo no Estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 75,85, com a variação em relação ao dia anterior de -0,16%. A variação registrada no mês de Novembro é de 0,92%. (Valor por arroba, descontado o Prazo de Pagamento pela taxa CDI/CETIP).
O valor da arroba em dólar fechou ontem cotado a US$ 44,05, com a variação em relação ao dia anterior de 0,2% e com a variação de 2,92% no acumulado do mês na moeda norte-americana.
Média ponderada de arroba do boi gordo no Estado de São Paulo – base de ponderação é a mesma usada para o Indicador Esalq/BM&F.
Valores a prazo são convertidos para à vista pela taxa NPR.
A referência para contratos futuros da BM&F é o Indicador Esalq/BM&F.
Boi gordo
Triangulo MG R$72,00
Goiânia GO R$71,50
Dourados MS R$71,00
C. Grande MS R$70,00
Três Lagoas MS R$71,00
Cuiabá MT R$69,50
Marabá PA R$68,00
Belo Horiz. MG R$74,00
Soja
A saca de 60 kg de soja no estado do Paraná, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 44,84. O mercado apresentou uma variação de 0,27% em relação ao dia anterior. O mês de Novembro apresenta uma variação de 0,72%.
O valor da saca em dólar fechou ontem cotado a US$ 26,04, com a variação em relação ao dia anterior de 0,62%, e com a variação de 2,72% no acumulado do mês.
Soja
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
R. Grande do Sul (média estadual) R$46,50
Goiás – GO (média estadual) R$43,50
Mato Grosso (média estadual) R$43,00
Paraná (média estadual) R$44,84
São Paulo (média estadual) R$47,50
Santa Catarina (média estadual) R$46,00
M. Grosso do Sul (média estadual) R$45,00
Minas Gerais (média estadual) R$46,50
Milho
A saca de 60 kg de milho no estado de São Paulo, segundo informa o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) encerrou a quinta-feira cotada a R$ 20,66 a saca. O mercado apresentou uma variação de -0,91% em relação ao dia anterior e de -1,74% no acumulado do mês de Novembro.
O valor da saca em dólar fechou ontem em US$ 12,00, com uma variação de -0,56% em relação ao dia anterior, e com a variação de 0,2% no acumulado do mês.
O Indicador Esalq/BM&F à vista, que tem como base Campinas-SP, distingue-se da média regional de Campinas porque utiliza o CDI como taxa de desconto dos valores a prazo. No mercado físico (média regional Campinas), porém, a taxa mais usual é a NPR. Já os valores a prazo são iguais.
Milho
Físico – saca 60Kg – livre ao produtor
Goiás (média estadual) R$16,00
Minas Gerais (média estadual) R$17,50
Mato Grosso (média estadual) R$13,50
M. Grosso Sul (média estadual) R$17,00
Paraná (média estadual) R$19,50
São Paulo (média estadual) R$20,66
Rio G. do Sul (média estadual) R$21,50
Santa Catarina (média estadual) R$21,00