Redação (30/01/2008)- “Não será por falta de mercado que o agronegócio vai deixar de crescer”, avaliam pesquisadores do Cepea. Conforme o órgão, o agronegócio brasileiro não deverá sofrer grandes perdas no mercado externo. “Na verdade, o setor estará sob stress diante da demanda para um mercado interno em expansão (mas não no ritmo de 2007), da demanda externa relativamente firme e da demanda adicional na área energética”.
Os pesquisadores do Cepea confirmam que a valorização do Real, de fato, consumiu boa parte das elevações dos preços internacionais dos produtos exportados, fazendo com que o Índice de Atratividade das Exportações do Agronegócio (IAT-Agro/Cepea) – ou seja, o preço em moeda nacional – pouco se alterasse ao longo do ano de 2007.
Setorialmente, aponta o Cepea, o óleo de soja e o suco de laranja foram os produtos que melhor driblaram a valorização do Real. O reajuste do óleo de soja em dólar, por exemplo, foi tal que permitiu que os preços em reais aumentassem 32% em comparação com a média 2006; para o suco, a valorização foi de 28% – média 2007 frente à de 2006.
Aumentos expressivos também foram observados para o frango (15%), a soja em grão (15%), o farelo de soja (11%), as frutas (7%) e o café (6%). A carne bovina teve reajuste de apenas 1% em moeda nacional. Por outro lado, as exportações de açúcar, álcool e carne suína tiveram significativas perdas de atratividade. O exportador de açúcar recebeu, em reais, 22% a menos por unidade de produto que em 2006; o de álcool, recebeu 10% a menos e o de carne suína, 7%, informa o Centro.
Apesar da crise internacional, perspectivas para 2008 são favoráveis
Segundo o Cepea, o agronegócio brasileiro não deverá sofrer grandes perdas no mercado externo.