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Aves e milho ajudam a desacelerar IGP-M em fevereiro

O Indice de Preços por Atacado (IPA) avançou 0,64% em fevereiro. No mês anterior, a taxa havia sido de 1,24%.

Redação (28/02/2008)- A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou há pouco que o Indice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) registrou inflação de 0,53% em
fevereiro, após uma alta de 1,09% em janeiro. Com isso, o indicador acumula alta
de 1,63% no ano e de 8,67% nos últimos 12 meses.
    
A mediana das projeções das instituições financeiras ouvidas pela Agência
Leia para o IGP-M de fevereiro apontava para uma inflação de 0,50% no mês. As
projeções dos economistas consultados para o Termômetro Leia variaram entre
0,40% e 0,55%. Pelo conceito de mediana, 50% das projeções estavam acima de
0,50% e 50%, abaixo.
    
O Indice de Preços por Atacado (IPA) avançou 0,64% em fevereiro. No mês
anterior, a taxa havia sido de 1,24%. O índice relativo aos Bens Finais teve
alta de 0,63% em fevereiro. Em janeiro, este grupo de produtos mostrou avanço de 0,27%. Excluindo-se os subgrupos alimentos in natura e combustíveis, o índice de Bens Finais (ex) registrou inflação de 0,28%. Em janeiro, a taxa foi de 0,24%.
    
O índice referente ao grupo Bens Intermediários subiu 1,01%. Em janeiro, a
taxa havia sido de 1,24%. O subgrupo suprimentos registrou queda em sua taxa de
variação, de 4,82% para 2,92%, sendo o principal responsável pela desaceleração
do grupo. O índice de Bens Intermediários (ex), calculado após a exclusão do
subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, avançou 1,03%, ante uma
alta de 1,21% em janeiro.
    
No estágio inicial da produção, o índice de Matérias-Primas Brutas subiu
0,12% em fevereiro. No mês anterior, o índice registrou elevação de 2,38%. Os

itens tomate (87,22% para -16,19%), aves (8,44% para -9,51%) e milho (em grão) (-3,94% para -11,00%), explicam boa parte da desaceleração do grupo. Em sentido oposto, registraram-se acelerações em itens como mandioca (aipim) (-1,01% para 19,72%), bovinos (-3,20% para 0,88%) e leite in natura (-2,08% para -0,24%).
    
Já o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) apresentou inflação de 0,26% em
fevereiro. No mês anterior, a alta havia sido de 0,96%. Seis das sete classes de
despesa componentes do índice apresentaram recuo em suas taxas de variação.

As principais contribuições no sentido descendente partiram dos grupos Alimentação (2,25% para 0,21%), Educação, Leitura e Recreação (1,61% para 1,06%) e Transportes (0,56% para 0,17%). Contribuíram para este movimento os itens frutas (6,69% para -0,94%), cursos formais (2,72% para 1,66%) e álcool combustível (2,81% para -1,01%), respectivamente.
    
Encontram-se também em desaceleração os grupos Habitação (0,21% para
0,14%), Vestuário (-0,18% para -0,40%), Saúde e Cuidados Pessoais (0,52% para
0,39%). Contribuíram para a desaceleração destas classes de despesa os itens:
eletrodomésticos (0,46% para -1,08%), roupas (-0,61% para -0,83%) e artigos de
higiene e cuidado pessoal (0,95% para 0,18%).
    
Em contrapartida, apenas o grupo Despesas Diversas apresentou acréscimo em
sua taxa de variação, a qual passou de 0,47% para 0,51%. Com destaque para o
item bebidas alcoólicas importadas (-2,28% para 1,27%).
    
Por fim, o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em
fevereiro, inflação de 0,43%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,41%. Dos
três grupos componentes do índice, apenas Mão-de-Obra apresentou recuo em sua taxa de variação, de 0,45%, em janeiro, para 0,06%, em fevereiro. A
desaceleração se deve à redução do impacto do reajuste salarial na cidade de
Belo Horizonte. A taxa do grupo Materiais passou de 0,37%, em janeiro, para
0,64%, em fevereiro. O grupo Serviços apresentou acréscimo em sua taxa, que
passou de 0,43%, em janeiro, para 1,42%, em fevereiro. Com informações de
Agência Leia.