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Aves, Milho e Suínos ajudam a desacelerar IGP-10 em Fevereiro

O indicador acumula alta de 1,83% no ano e de 8,62% nos últimos 12 meses.

Redação (15/02/2008)- A Fundação Getulio Vargas (FGV) informou há pouco que o Indice Geral de Preços – 10 (IGP-10) registrou inflação de 0,80% em fevereiro, frente uma alta de 1,02% em janeiro. Com isso, o indicador acumula alta de 1,83% no ano e de 8,62% nos últimos 12 meses.

O Termômetro Leia, pesquisa da Agência Leia com instituições financeiras
com as expectativas para os principais indicadores do país, mostrou que a
mediana das projeções do mercado para o IGP-10 apontava para uma inflação de
0,79% em fevereiro. Pelo conceito de mediana, 50% das projeções coletadas
estavam abaixo de 0,79% e 50%, acima. As expectativas dos economistas
consultados para o Termômetro Leia variaram entre 0,60% e 0,91%.
    
O Indice de Preços por Atacado (IPA) registrou inflação de 0,90% em
fevereiro, ante uma alta de 1,17% em janeiro. Os Bens Finais registraram
elevação em sua taxa de variação, que passou de 0,23%, em janeiro, para 0,54%,
em fevereiro. Contribuiu em especial para a aceleração o subgrupo bens de
consumo duráveis, que teve sua taxa elevada de -0,42% para 0,58%. O índice
relativo a Bens Finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e
combustíveis, registrou alta de 0,22%. No mês anterior, houve deflação de
0,05%.
    
O índice do grupo Bens Intermediários registrou inflação de 1,25% em
fevereiro. No mês anterior, a alta havia sido de 1,02%. Dois dos cinco subgrupos
apresentaram aceleração, com destaque para materiais e componentes para a
manufatura, cuja taxa passou de 0,60% para 1,18%. O índice de Bens
Intermediários (ex), obtido após a exclusão do subgrupo combustíveis e
lubrificantes para a produção, registrou inflação de 1,34%. No mês anterior, foi
registrada alta de 0,95%.

    
O índice de Matérias-Primas Brutas passou de uma taxa de 2,50%, em janeiro,
para 0,82%, em fevereiro. A taxa do índice de matérias-primas brutas
agropecuárias recuou de 2,91% para 0,75%. Neste subgrupo, vale destacar as
desacelerações dos itens: aves (9,79% para -5,44%), milho (em grão) (1,01% para -9,98%) e suínos (12,18% para -9,25%). Em sentido oposto, citam-se: bovinos (-2,12% para 1,71%), mandioca (aipim) (-2,76% para 15,13%) e arroz (em casca) (1,60% para 10,11%).
    
Já o Indice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou inflação de 0,64% em
fevereiro, ante uma alta de 0,81% em janeiro. Dos sete grupos componentes do
índice, três apresentaram recuos em suas taxas de variação, com destaque para
Alimentação (1,84% para 1,33%). Nesta classe de despesa, vale citar o
comportamento dos itens: carnes bovinas (4,07% para -0,11%), arroz e feijão
(14,98% para 6,09%) e aves e ovos (2,94% para -0,63%).
    
Contribuíram também para a desaceleração do índice os grupos Vestuário
(0,44% para -0,91%) e Transportes (0,77% para 0,22%). No primeiro grupo, o
destaque foi o item roupas (0,19% para -1,34%) e no segundo, gasolina (0,57%
para -0,26%) e álcool combustível (5,56% para -0,08%).
    
Em sentido ascendente, estão os grupos: Educação, Leitura e Recreação
(0,88% para 1,75%), Habitação (0,15% para 0,19%), Saúde e Cuidados Pessoais
(0,42% para 0,43%) e Despesas Diversas (0,45% para 0,65%). Em cada uma destas classes de despesa, os destaques foram: cursos formais (1,31% para 2,96%), tarifa de eletricidade residencial (-0,31% para -0,07), dentistas (0,35% para 1,13%) e cervejas (-1,27% para -0,05%), nesta ordem.
    
Por fim, o Indice Nacional de Custo da Construção (INCC) registrou, em
fevereiro, inflação de 0,44%, abaixo do resultado do mês anterior, de 0,55%.
Apenas o grupo Mão-de-Obra teve sua taxa de variação reduzida, de 0,59% para
0,14%. A desaceleração se deve à redução do impacto do reajuste salarial na
cidade de Belo Horizonte. O grupo Materiais teve sua taxa aumentada de 0,47%, no mês anterior, para 0,56%, nesta apuração. O grupo Serviços também apresentou acréscimo em sua taxa de variação, de 0,66% para 1,40%.Com informações da Agência Leia.