Fonte CEPEA

Carregando cotações...

Ver cotações

Bahamas minimizam possível gripe aviária em flamingos mortos

Primeiro ministro do país acha improvável as aves terem sido afetadas pelo vírus.

Redação AI (03/03/06)- As autoridades das Bahamas minimizaram a possibilidade de que aves mortas de forma misteriosa em uma ilha remota do arquipélago tenham sido vítimas da gripe aviária.

O primeiro-ministro Perry Christie disse na noite de quarta-feira que as conclusões preliminares descartaram a doença nas amostras recolhidas na ilha de Inagua, mas que os exames definitivos ainda não ficaram prontos e que os técnicos vão trabalhar até confirmarem de forma “incontroversa” os resultados.

Especialistas foram enviados a Inagua, no sul das Bahamas (costa da América do Norte) depois da morte de 21 aves, inclusive 15 dos famosos flamingos da ilha.

A indústria do turismo, que emprega 40 por cento da força de trabalho do arquipélago, de 300 mil habitantes, se ressentiu imediatamente. O Atlantis, um dos principais resorts de Nassau, da rede Kerzner International, disse que as reservas diminuíram após a notícia das aves mortas.

Em declaração ao Parlamento na noite de quarta-feira, Christie afastou a hipótese de se tratar de gripe aviária, dizendo que os técnicos não descartam que os flamingos tenham morrido de velhice.

“Isso é algo que agora o Ministério do Turismo pode pegar e comunicar em todo o mundo, mas vamos continuar a trabalhar para ter absoluta certeza de que as conclusões preliminares no local são corretas de forma incontroversa.”

As autoridades inicialmente disseram que os exames levariam dez dias para ficarem prontos.

Diante da conclusão dos especialistas de que um surto do vírus H5N1 teria dizimado os flamingos de Inagua, o ministro da Agricultura, Leslie Miller, disse que “para nossa sorte, Deus nos abençoe, não houve um surto”. “As Bahamas estão seguras e a salvo da doença que essas aves transmitem.”

O Ministério da Agricultura disse que apenas cinco aves morreram. O Fundo Nacional das Bahamas, responsável pelo Parque Nacional de Inagua, disse que houve mais mortes, mas apenas cinco não foram explicadas.

O vírus H5N1 matou 94 pessoas na Ásia desde 2003 e já se espalhou para aves da Europa e da África. Os especialistas temem que ele sofra uma mutação que lhe permita o contágio entre humanos, o que poderia gerar uma pandemia com milhões de vítimas.

Se o H5N1 for a causa da morte das aves nas Bahamas, terá sido a maior proximidade já registrada do vírus em relação aos Estados Unidos. Inagua fica a 800 quilômetros de Miami e a 100 do Haiti e de Cuba.