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Balanço oficial

ABEF divulga números finais das exportações de carne de frango em 2005. Crescimento em volume foi de 15%.

Redação AI (31/01/06) A Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Frango (ABEF) divulgou oficialmente hoje (31/01) os números finais das exportações de carne de frango em 2005. Os embarques somaram 2,845 milhões de toneladas, crescimento de 15% sobre as 2,469 milhões de toneladas em 2004. A receita cambial fechou em US$ 3,508 bilhões, aumento de 35% em comparação com o registrado em 2004. O desempenho representa um novo recorde histórico, consolidando a liderança do Brasil entre os grandes exportadores mundiais de carne de frango, ressalta Ricardo Gonçalves, presidente-Executivo da ABEF. De acordo com ele, é essencial a implementação do Plano de Contingência, contemplado pelo PNSA, nos próximos meses. Só desta forma o Brasil manterá o seu status de liderança no mercado externo.

Em volumes, o principal destino das exportações brasileiras continua a ser o Oriente Médio. Foram exportadas 848.570 toneladas, 12% que no período janeiro/dezembro de 2004. Em receita cambial, a principal região importadora é a Ásia. Ela foi responsável pela compra de US$ 1,012 bilhão em 2005, incremento de 34% sobre o ano anterior.

Para a União Européia, os embarques somaram 387 mil toneladas, ou 25% acima do mesmo período em 2004. A receita cambial foi de US$ 728,2 milhões, com aumento de 35%. Na América do Sul, as vendas totalizaram 114.861 toneladas, 39,5% a mais que em 2004. A receita cambial somou US$ 119,393 milhões, 81% a mais que no ano anterior.

O mercado russo foi o responsável pela importação de 258.186 toneladas, o que corresponde a um crescimento de 34%. A receita cambial, de US$ 267,2 milhões, aumentou 65% em relação a 2004. Segundo a ABEF, o embargo anunciado pelo governo russo para a carne de frango dos estados do MS e PR, a partir do último dia 13 de dezembro, não teve efeito mais substancial porque neste período – de inverno no Hemisfério Norte não são realizados embarques importantes para aquele mercado.

Perspectivas Para este ano a ABEF trabalha com uma estimativa de crescer entre 5% e 10% nos volumes embarcados. Para isto busca a abertura de novos mercados e a ampliação dos embarques para países que já são importadores. Dois pontos, no entanto, merecem atenção do setor avícola. Um é a desvalorização do Real. A manutenção do atual câmbio durante 2006 traria prejuízos a competitividade das exportações brasileiras. Outro é a produção. Os focos de Influenza Aviária em outros países têm provocado redução no consumo mundial. Um ritmo de produção maior que a demanda poderá ter um efeito negativo sobre os preços e comprometer a remuneração na cadeia avícola brasileira.