Da Redação 15/06/2005 – Os consumidores europeus estão dispostos a pagar mais pelos alimentos cujos produtores consigam provar que, desde a origem, têm uma preocupação com o bem-estar animal. Mas reclamam que esses produtos deveriam ser identificados mais facilmente, segundo a pesquisa Eurobarometer de opinião pública, realizada na União Européia.
A intenção da pesquisa foi a de decobrir quais as atitudes do consumidor com relação ao bem-estar dos animais e qual o peso de influência que isso tem nas suas decisões na hora da compra.
A pesquisa apontou que 74% dos consumidores acreditam que podem contribuir para com o bem-estar animal nas propriedades através de suas compras; e 57% deles estão dispostos a pagar mais por produtos alimentícios, como ovos, por exemplo, se houver comprovação de que foram produzidos com esta preocupação.
Entretanto, ficou evidenciado na pesquisa que a escolha do consumidor fica bastante prejudicada porque os rótulos não trazem uma linguagem clara: 32% dos consumidores nunca conseguiram identificar os produtos em cuja origem haja uma preocupação com o bem-estar animal (chegando a 70% em alguns países, principalmente os novos membros) e 19% raramente conseguem identificar tais produtos. E, para surpresa dos pesquisadores, a maioria absoluta dos consumidores acredita que a política agrícola de seus países dá pouca importância ao bem-estar animal: apenas 7% acham que se dá importância demais ao assunto.
Outro ponto importante da pesquisa é que há variações nas atitudes dos consumidores em diferentes regiões da UE: consumidores que já visitaram uma fazenda tendem a preocupar-se mais com o assunto. Os consumidores estão particularmente preocupados com o bem-estar de frangos e galinhas poedeiras.
Com base nos resultados da pesquisa, o Comissariado para Saúde e Proteção do Consumidor da União Européia pretende agora estudar a melhor forma de incluir informações sobre o bem-estar animal na rotulagem dos produtos. Os dados também servirão para nortear um Plano de Ações para o Bem-Estar Animal, que o Comissariado deverá lançar em breve e que deverá vigorar em toda a União Européia.