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Biotecnologia avançou como nunca em 2007

Comemora-se o sucesso devido a liberação comercial de três tipos de semente transgênica pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio).

Redação (06/02/2008)-  O ano de 2007 foi marcante para o desenvolvimento da biotecnologia agrícola no Brasil. Avançamos nesses doze meses mais do que nunca, com a liberação comercial de três tipos de semente transgênica pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio). Até 2006, o País dispunha de apenas duas variedades geneticamente modificadas (GM) liberadas, após 10 anos de biotecnologia: a soja RR e o algodão Bt.

É verdade que uma liminar concedida pela Justiça Federal do Paraná suspende, momentaneamente, o efeito das três recentes aprovações, além de impedir a CTNBio de avaliar novos pedidos de comercialização. Entretanto, esse embargo pouco afeta a importância das decisões de 2007. A avaliação técnica, rígida e criteriosa como sempre, já está feita e em breve a agricultura brasileira será presenteada com mais biotecnologia em seus campos.

As três sementes liberadas em 2007 são de milho geneticamente modificado (GM), produto extremamente importante nesse momento em que o mercado mundial do grão está aquecido e aberto para as exportações brasileiras. Por outro, o milho é componente essencial na formação de custos da produção de suínos e aves.

Mantendo o ritmo de 2006, a CTNBio também aprovou cerca de 400 processos relacionado à pesquisa com organismos geneticamente modificados (OGMs). A ciência foi priorizada, permitindo o desenvolvimento tecnológico nacional.

Para que 2008 seja ainda melhor, é preciso permitir que a CTNBio trabalhe com autonomia. O primeiro processo da fila foi protocolado em janeiro de 2002. Seis anos é muito tempo para a ciência, e mais ainda para um mercado do agronegócio. Mas vale ressalvar que a atual CTNBio, remodelada com a aprovação da Lei de Biossegurança, em 2005, está se esforçando para reduzir o acúmulo de processos na pauta.

Acelerar a análise dos pedidos de liberação comercial é estratégico para o sucesso do Brasil no mercado mundial de produtos agrícolas e, em especial, no de biocombustíveis. Para manter sua competitividade na produção de etanol, o País precisa lançar mão de variedades mais produtivas de cana-de-açúcar.

O Brasil já possui pesquisas avançadas com variedades de cana transgênica com maior teor de sacarose ou resistência a doenças. Essas cultivares podem chegar à fila dos pedidos de liberação comercial da CTNBio já em 2008, e precisam encontrar a pauta da comissão limpa. Só assim o Brasil vai garantir para si uma fatia significativa do comércio mundial de álcool combustível e consolidar sua capacidade de ditar as regras desse mercado.