O frigorífico Minerva fechou o trimestre com utilização de 80% de sua capacidade de abate de bovinos, que é de 6,6 mil cabeças diárias. Segundo a empresa, o aumento da produção continua neste trimestre, com a implantação de segundo turno em algumas plantas e contratação de 350 funcionários. Já em maio, a desossa deve crescer 25% sobre abril, quando totalizou 17 mil toneladas, disse Ronald Aitken, superintendente de relacionamento com investidores.
O que permitiu alcançar essa utilização no trimestre foi a recuperação das exportações em relação ao trimestre anterior e o aumento da participação no mercado doméstico. Com as exportações maiores – 60,3% mais do que no quarto trimestre de 2008 -, a receita bruta somou R$ 629,3 milhões, 25,8% mais do que no mesmo período de 2008. O market share do Minerva também alcançou níveis recordes, saindo de 10,1% no quarto trimestre para 16,4% no primeiro trimestre.
No período, a empresa teve um lucro líquido de R$ 1 milhão – o resultado havia sido zero no primeiro trimestre de 2008. No último trimestre do ano passado, o Minerva teve prejuízo de R$ 179,7 milhões por conta dos efeitos da variação sobre a dívida em dólar.
O Lajida (lucro antes dos juros impostos, depreciações e amortizações) do Minerva foi de R$ 32,8 milhões no primeiro trimestre, queda de 9,2% ante o mesmo período de 2008. A margem Lajida também recuou na mesma comparação, de 7,8% para 5,7%. A razão para a queda foi o realinhamento de preços em função da crise global e custos maiores com o início das operações da unidade Minerva Dawn Farms.
O Minerva compara o desempenho também com o último trimestre, quando o Lajida e a margem foram de R$ 29,4 milhões e 6,3%, respectivamente. “O mundo hoje está completamente diferente do que era no primeiro trimestre de 2008”, justificou Aitken.
De acordo com o Minerva, o mercado externo representou 67,4% do total das receitas no primeiro trimestre. E as vendas de carne in natura para a União Europeia cresceram 43,7% no período, para R$ 36,8 milhões. O desempenho ficou próximo do níveis vistos antes das restrições impostas pela UE.