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Brasil é estrela de conferência da ONU, diz "El País"

O diário destaca que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos primeiros líderes a chegar a Roma e afirma que o "Brasil aposta parte de seu futuro na batalha [dos biocombustíveis]".

Redação (02/06/2008)- Os biocombustíveis estão no centro do furacão da crise dos alimentos e, por isso, o Brasil é um dos protagonistas da conferência da FAO (Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação, na sigla em inglês) em Roma (Itália) que discute o tema, diz um artigo publicado na edição desta terça-feira do jornal espanhol "El País".

O diário destaca que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi um dos primeiros líderes a chegar a Roma e afirma que o "Brasil aposta parte de seu futuro na batalha [dos biocombustíveis]".

"Em dois anos [o país] estará entre os maiores exportadores mundiais de álcool de cana-de-açúcar e já é líder em vendas de carros flex, que rodam com gasolina ou álcool", diz o texto.

O jornal destaca a postura de Lula em defender o álcool e culpar o petróleo pela alta nos preços dos produtos agrícolas. De acordo com o jornal, Lula ataca a especulação do preço do petróleo e os subsídios europeus à agricultura e defende a "revolução energética dos biocombustíveis".

O "El País" cita o encontro do presidente com o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, agendado para esta terça-feira. Segundo o jornal, Lula deve pedir um encontro internacional para discutir a especulação no setor petroleiro e tentar encontrar um preço compatível com a necessidade dos países pobres.

O jornal cita ainda a afirmação de Lula sobre os "inimigos do álcool" que são, segundo ele, "os lobbies petrolíferos e também a indústria automotiva européia, que não quer mudar seu modelo de produção".

O diário espanhol conclui suas considerações sobre a postura do presidente destacando a foto mostrada por Lula no final de sua entrevista com a imprensa, na segunda-feira. A imagem traz um modelo de carro a ser produzido no Brasil com plástico extraído de álcool de cana, "sem uma gota de petróleo", afirma o texto.