No que se refere às barreiras americanas, o Itamaraty e o Ministério da Agricultura explicam que uma série de normas foram impostas por Washington incrementando as necessidades de testes sanitários para os produtos agrícolas. Segundo Brasília, esses testes seriam desnecessários, discriminatórios e ainda afetariam a entrega dos produtos exportados. No caso da queixa contra o México, o principal problema se refere a novas leis estipuladas pelos latino-americanos e que colocam barreiras sobre a exportação de carnes nacionais.
A Europa gerou uma verdadeira batalha dentro do governo brasileiro ao impor limitações ao número de fazendas no País que poderiam exportar carne bovina. O governo se apressou em anunciar que estaria pensando em levar a barreira à OMC. Mas nunca o fez. Na reunião desta semana, do grupo de barreiras fitossanitárias da OMC, o tema nem sequer foi colocado na agenda. Em vez disso, o Brasil insistirá em criticar as medidas da Malásia que afetam as exportações nacionais.
As queixas, porém, ainda não significam o início de uma disputa legal nos tribunais da entidade. Mas são uma forma de exigir dos demais países uma resposta e ainda acusá-los de discriminação diante dos 151 membros da OMC.