Redação (10/01/2008)- Algodão, milho, soja e açúcar deverão liderar o crescimento das exportações brasileiras nos próximos anos. A previsão foi anunciada nesta quarta-feira (9), em Brasília, pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, ao apresentar o estudo Projeções do Agronegócio Mundial e do Brasil, de 2006/2007 a 2017/2018.
As projeções revelam acréscimos de 60,6% nas exportações de milho, o correspondente ao aumento de 7.500 mil toneladas exportadas em 2006/07 para 12 milhões em 2017/18. Muito expressivos são também os acréscimos do açúcar, 59,9% e de 222,9% para o etanol. Segundo o coordenador da equipe técnica responsável pelo estudo, José Garcia Gasques, entre os diversos fatores que concorrem para esse crescimento, dois são mais decisivos: a pressão dos biocombustíveis e os preços favoráveis no horizonte estudado.
O trabalho, elaborado pela Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), se baseia em informações e estudos prospectivos de entidades como a Organização das Nações Unidas (ONU) e sua representação para Agricultura e Alimentação (FAO), a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), IBGE, Conab, Ipea, entre outras, além de projeções próprias da AGE.
Abaixo, algumas projeções:
Soja
Açúcar
O Brasil continuará ocupando a posição de produtor com maior competitividade, apresentando um aumento de 12,5 milhões de toneladas da produção nos próximos 10 anos, atingindo um montante de 43,2 milhões de toneladas em 2017/18.
Milho
Em 2017/2018, a produção deverá situar-se em 64,1 milhões de toneladas para um consumo de 48,6 milhões. Esses resultados indicam que o País poderá atender seu quadro de suprimentos de modo a garantir o abastecimento do mercado interno e, ainda, obter excedente para exportação, previsto em 12 milhões de toneladas em 2017/18. Porém, há indícios de que as exportações de milho possam superar esse valor e situar-se entre 15 e 20 milhões de toneladas.
Trigo
O Brasil deverá apresentar uma produção crescente até 2017/18. O consumo interno poderá aumentar, em média, 1,63% ao ano, alcançando a cifra de 13,3 milhões de toneladas em 2017/18. Porém, o abastecimento interno exigirá importações de 8,7 milhões de toneladas em 2017/2018.