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Brasil vai sentir pouco a crise dos EUA, afirma Secches

O otimismo do presidente da Perdigão se baseia principalmente na situação mais sólida da economia brasileira, principalmente o aumento do investimento dos últimos anos.

Redação (24/01/2008)- Apesar de todas as incertezas no mercado e da ameaça de recessão nos Estados Unidos, ainda há muitas dúvidas se o Brasil será ou não atingido pela desaceleração.
O presidente da Perdigão, Nildemar Secches, por exemplo, está otimista. Ele prevê um faturamento da empresa acima de US$ 2,5 bilhões neste ano, o que representará um crescimento de 10% em relação a 2007.

"A crise não deve afetar o nosso negócio e o Brasil vai sentir muito pouco", diz Secches. A Perdigão, que recentemente comprou a Eleva, atua nas áreas de frango, suínos e leite. Do total de sua produção, 40% são exportados.
O otimismo de Secches se baseia principalmente na situação mais sólida da economia brasileira, principalmente o aumento do investimento dos últimos anos. O aumento da capacidade produtiva, a seu ver, vai servir como freio para o aumento da inflação no país.
Secches diz, no entanto, que o Brasil deveria priorizar, agora, uma queda da relação dívida/PIB, o que iria certamente ajudar a fortalecer o país contra eventuais problemas de crise externa, como a de agora.
Na mesma linha de Secches, o banco Goldman Sachs divulgou ontem um relatório sugerindo que as commodities agrícolas devem subir 35% neste ano, o que favorece o Brasil. Mesmo se houver uma queda das commodities, as agrícolas serão preservadas.
Apesar dessas opiniões otimistas, o mercado exibe, nos últimos dias, movimentos bruscos e imprevisíveis. Ontem, por exemplo, depois de um dia inteiro no vermelho, a Bolsa de Nova York fechou no azul, e, aparentemente, sem nenhuma razão muito clara.