"Dentre os grandes produtores de suínos no mundo, nesse momento ninguém consegue ganhar
Dando continuidade, Pereira enfatiza que os Estados Unidos são o grande concorrente do Brasil. "Os americanos têm um câmbio favorecido, já que o dólar está desvalorizado perante a maioria das moedas mundiais, o que deu competitividade para a exportação, também têm um setor altamente capitalizado, já que nos últimos quatro anos o país teve grandes lucros com a suinocultura e agora está em forte prejuízo, o que impulsiona o setor a
investir no mercado externo. Têm ainda um grande poder de barganha, em função do poderio econômico que têm, além de ter tecnologia de produção muito boa. Por isso os Estados Unidos são o nosso grande concorrente", conclui.Outro país que o agrônomo citou durante a palestra é a China, que historicamente é o maior produtor de suínos no mundo, além de exportador. Produz cerca de 16 vezes a mais que o Brasil, ou seja, são quase 50 milhões de toneladas por ano, porém o país vem passando por um sério problema sanitário, em função da doença da orelha azul. Esta doença fez com que caísse em 9,2% a produção, o que eqüivale quase duas vezes a produção de carne suína do Brasil.
"Portanto, essa é a grande oportunidade do Brasil. Se vamos aproveitar, ou não, vai depender da nossa competência", declara o Diretor Superintendente, após comprovar que em todo o mundo a situação da produção de carne suína está desfavorecida, o que torna um nicho de mercado para o Brasil que não está enfrentando as situações de outros países. A demanda mundial pelo alimento continua e se Canadá, Dinamarca, China e Estados Unidos não estarão conseguindo suprir a demanda, o Brasil só tem a aproveitar a grande oportunidade.