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Chineses vão instalar base de grãos no país

As esmagadoras chinesas Huaken Cereal & Oil Co., Heibei Oil and Fat Co. e Siwei vão abrir um escritório no Brasi

As esmagadoras chinesas Huaken Cereal & Oil Co., Heibei Oil and Fat Co. e Siwei vão abrir um escritório no Brasil para negociar grãos. De acordo com Chao En Hung, diretora da corretora Solidez, parceira dos chineses no Brasil, os empresários querem ampliar a relação comercial com o país, uma vez que a participação brasileira em grãos aumenta no mercado internacional.

 

“A China importa 20 milhões de toneladas de soja por ano, dos quais 10 milhões dos Estados Unidos e outros 10 milhões da América do Sul. Do Brasil, são 7 milhões de toneladas que vão para a China”, afirmou Hung.

 

Em visita ao Brasil há quase um mês, os empresários chineses estiveram em cooperativas e em regiões produtoras de soja para estreitar o relacionamento com os agricultores. Segundo Hung, os empresários vão definir nos próximos dias qual será o “business plan” do futuro escritório chinês no país. “As três empresas firmaram um “pool” e conta com a parceria da Solidez no país.”

 

Em visita ontem à Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), os chineses confirmaram o interesse no agronegócio brasileiro. A BM&F recebeu o sinal verde para abrir um escritório de representação em Xangai. Para o secretário do conselho de administração da BM&F, Noênio Spinola, a instalação do escritório em Xangai confirma o bom relacionamento dos dois países e a necessidade dos chineses fazerem hedging de grãos com base no mercado futuro brasileiro.

 

Segundo Spinola, ainda neste semestre dois representantes da bolsa de Xangai virão ao Brasil para fazer um estágio técnico nas áreas de clearing e gerenciamento de riscos. Representantes da bolsa de Chicago também visitarão a BM&F, o que poderá resultar em um futuro entendimento.