Redação (08/04/2008)- Em plena semana de divulgação do relatório mensal de safra do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), na quarta-feira, os humores do clima nas lavouras americanas manteve-se ontem, a exemplo do que ocorreu na última semana, como balizador mais forte na variação dos preços das principais commodities agrícolas. Sob a melhora das condições de umidade nas plantações, soja, milho e trigo fecharam o dia em baixa.
Para Renato Sayeg, da Tetras Corretora, a sessão de ontem em Chicago representou o início efetivo do "mercado de clima" para as três commodities. Nesta época, lembra ele, movimentos especulativos precipitados por previsões meteorológicas nas regiões produtoras dos EUA são normais, e ontem as projeções indicavam umidade favorável para as plantações americanas.
Apesar de nada ter indicador para milho e soja, relatório do USDA mostrou ontem que 45% das lavouras de trigo estão em condições boas ou excelentes. "O mercado também crê que o USDA vai aumentar um pouco a projeção de estoques finais de trigo", diz Elcio Bento, analista da Safras & Mercado. Em Chicago, os contratos de trigo com vencimento em julho caíram 57 centavos de dólar, para US$ 9,3450 por bushel. A baixa também deveu-se a um movimento de realização de lucros depois da alta de sexta-feira, segundo ele.
A soja para julho, que chegou a ser negociada em alta ao longo da sessão, caiu 21,50 centavos de dólar, para US$ 12,7250 por bushel. Os contratos de milho negociados na bolsa de Chicago que também vencem em julho recuaram 8 centavos de dólar, para US$ 6,0325 o bushel.
No mercado doméstico, a saca de 60 quilos de soja subiu 0,07%, para R$ 43,53, segundo o índice Cepea/Esalq. No milho, a avanço do preço da saca foi de 0,08%, a R$ 25,61, de acordo com o índice Esalq/BM&F. O preço da saca de 60 quilos de trigo subiu 0,19%, para R$ 41,40, na média apurada pelo Departamento de Economia Rural (Deral).