Redação (18/03/2008)- A Coamo vai investir R$ 180 milhões de 2008 a 2010 em melhorias de estrutura de recebimento e armazenagem de grãos e em suas indústrias. Após faturar R$ 3,47 bilhões em 2007, 30% mais que no exercício anterior, a maior cooperativa singular da América Latina investirá R$ 111 milhões em modernização, adequação e ampliação de 25 unidades, construção de três entrepostos e renovação e modernização da frota de veículos e máquinas. Para o parque industrial irão outros R$ 69 milhões.
De 2004 a 2006 a cooperativa executou um plano de investimentos de R$ 140 milhões, e mais R$ 67 milhões foram usados em 2007 em melhorias e aumento na estrutura. O presidente da Coamo, José Aroldo Galassini, contou que entre as novidades previstas estão uma indústria de torrefação e moagem de café, que custará R$ 1,2 milhão, e uma corretora própria de seguros.
A cooperativa elevará em 50% sua capacidade de esmagamento de soja, passando de 2 mil toneladas/ dia para 3 mil toneladas. O maior volume de investimentos, no valor de R$ 34,6 milhões, ficará com a refinaria. E a fabricação de óleo saltará de 360 para 660 toneladas/ dia. A produção de gordura vegetal passará de 40 para 80 toneladas/dia.
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Galassini contou que hoje a margarina sai da mesma linha de produção de latas grandes de gordura, que passará a ter unidade própria. A cooperativa chegou a produzir margarina para clientes como a Perdigão, mas atualmente só faz com marca própria e prepara-se para entrar no segmento light. No caso do café, a produção era feita por terceiros – ela usava os serviços da Cocamar, cooperativa de Maringá. "Agora teremos produção própria e venderemos nos mesmos lugares da margarina", disse.
Para a aprovação da corretora de seguros foi levado em conta o grande volume de contratações próprias, de associados ou empregados da cooperativa. "Só a Coamo tem quase 700 veículos", disse. A cooperativa possui 20,3 mil associados no Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul e teve sobras de R$ 237 milhões em 2007, ano em que recebeu 4,24 milhões de toneladas de produtos, o equivalente a 3,2% da produção nacional de grãos e fibras.
