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Conferência da FAO em Brasília analisará doenças em animais exportados

O brasileiro José Graziano da Silva, disse que "a luta contra estes tipos de doenças é um desafio que devemos enfrentar em conjunto, já que, por sua natureza, elas não respeitam fronteiras nacionais".

Redação (10/04/2008)- As doenças em animais exportados para outros países, que constituem a maior ameaça à produção pecuária em nível mundial, é um dos temas que será discutido na 30ª Conferência Regional da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), que será realizado em Brasília entre 14 e 18 de abril.
Em entrevista à Agência Efe, o diretor-regional da entidade, o brasileiro José Graziano da Silva, disse hoje que "a luta contra estes tipos de doenças é um desafio que devemos enfrentar em conjunto, já que, por sua natureza, elas não respeitam fronteiras nacionais". Para ele, é tarefa de toda a região eliminar e controlar estes males, que podem ter grandes impactos econômicos e sociais. Graziano da Silva lembrou que a América Latina e o Caribe são os maiores produtores mundial de carne de boi e de ave e de ovos, e o terceiro maior produtor mundial de carne de porco.

O brasileiro afirmou que esta situação faz com que a pecuária seja uma atividade de grande relevância na região, cuja produção representa em torno de 13% da produção pecuária mundial, e com uma taxa de crescimento anual de 4,5%. "Por esta razão, a prevenção, o controle e a erradicação das doenças dos animais são um dos temas prioritários que serão debatidos durante a 30ª Conferência Regional da FAO em Brasília", ressaltou.
"Mas também se intensificaram as exigências dos mercados internacionais em termos sanitários e da qualidade dos produtos pecuários, o que torna indispensável e urgente fortalecer os sistemas nacionais de saúde animal", indicou Graziano da Silva.
Sobre isso, ele disse que a FAO apresentará na Conferência Regional um documento sobre as doenças além das fronteiras no qual se apontam melhorias nos serviços veterinários nacionais e nos programas de vigilância epidemiológica, diagnóstico e controle sanitário.
No entanto, "estas melhorias não são idênticas em todos os sistemas nacionais de saúde animal da região, assim como também não há avanços simétricos nos programas de prevenção, controle e erradicação destas doenças", destacou o oficial principal de Produção e Saúde Animal do Escritório Regional da FAO, Tito Díaz.
Entre as doenças que a FAO considera prioritárias estão: Gripe Aviária altamente infecciosa; Febre Aftosa, Peste Suína Clássica, Miíase e Encefalopatia Espongiforme Bovina.