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Contratação de crédito rural cresceu 21,5% entre julho de 2007 e janeiro de 2008

Os contratos para custeio e comercialização a juros controlados continuam liderando as contratações e respondem por 79,5% do total, atingindo R$ 23,98 bilhões.

Redação (07/03/2008)- Os R$ 33,95 bilhões do crédito rural liberados para a agricultura empresarial entre julho de 2007 e janeiro de 2008, sete meses da safra 2007/2008, representam um crescimento de 26,7% na contratação realizada no mesmo período da safra anterior. A maior parte dos recursos foi liberada para o custeio e a comercialização da safra, um total de R$ 30,17 bilhões. O valor supera em 27,5% o total disponível para custeio e comercialização nos sete meses da safra 2006/2007.

Os contratos para custeio e comercialização a juros controlados continuam liderando as contratações e respondem por 79,5% do total, atingindo R$ 23,98 bilhões. O fato se deve ao aumento de depósitos à vista e à captação da caderneta de poupança rural. O crédito rural aplicado para investimento no período, foi de R$ 3,78 bilhões, 20,9% a mais que o contratado na safra 2006/2007.

Os programas de investimento com amparo de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES), coordenados pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), lideraram as contratações de investimento e responderam por R$ 2 bilhões do contratado, um acréscimo de 32,1% em relação ao desembolsado na safra anterior. Entre essas linhas de crédito, o Programa de Modernização da Frota de Tratores Agrícolas e Implementos Associados e Colheitadeiras (Moderfrota) é o líder em contratações e atingiu R$ 1,09 bilhão, volume 37,3% maior que o registrado no mesmo período da safra anterior.

A expectativa do diretor do Departamento de Economia Agrícola (Deagri) do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, é que nos próximos meses haja maior concentração de demanda de financiamentos de custeio da safra de inverno, em especial da cultura do trigo, cujo plantio se inicia agora em março. O diretor estima ainda uma grande contratação de crédito para o custeio de milho (2ª safra), uma vez que as perspectivas de preços, interno e externo, são bastante positivas. Também projeta ritmo acelerado para a concessão de crédito de comercialização da safra que está sendo colhida e a demanda por créditos de investimento.