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Controle sanitário

Avicultura pede mais recursos para sanidade animal.

Redação AI 14/10/2005 – As ocorrências de caráter sanitário envolvendo parte do rebanho bovino do Estado de Mato Grosso do Sul constituem uma advertência não somente aos pecuaristas de gado de corte, mas, principalmente, às autoridades sanitárias do governo federal e ao setor avícola, afirmou hoje o presidente da União Brasileira de Avicultura (UBA), Zoé Silveira d`Avila. Ele informou que a União Brasileira de Avicultura já vinha alertando as autoridades para a necessidade de ser destinado maior volume de recursos à área de defesa sanitária animal no Brasil. “Qualquer descuido nessa área pode acarretar, de uma hora para outra, perdas imensuráveis nos mercados interno e externo, trazendo como conseqüência desemprego, desaceleração dos investimentos, queda de renda e perda de credibilidade”, disse.

Segundo d`Avila, o setor avícola tem feito grande esforço para manter os plantéis de aves a salvo de ocorrências de caráter sanitário, especialmente no que respeita à Influenza Aviária e à Doença de Newcastle: “Mas o esforço da iniciativa privada deve, necessariamente, estar articulado com a atuação dos órgãos oficiais, de jurisdição nacional, que hoje dependem dramaticamente de mais recursos. As conquistas alcançadas não podem ser colocadas em risco por causa de seguidos contingenciamentos de recursos na área oficial”, lembrou.

O presidente da UBA citou que, há quase dois anos, a União Brasileira de Avicultura, depois de discutir amplamente o assunto em vários encontros regionais, apresentou ao MAPA, em nome dos produtores avícolas, uma detalhada proposta de regionalização do setor avícola brasileiro. A regionalização seria uma forma de atenuar os prejuízos que poderiam advir em caso do surgimento de ocorrências de caráter sanitário envolvendo o plantel avícola do Brasil. O País seria dividido em áreas sanitariamente isoladas umas das outras, de tal modo que a ocorrência de determinada moléstia em uma delas não afetaria a produção saudável das demais, que poderiam, portanto, continuar abastecendo o mercado interno e atendendo às exportações. A proposta continua sendo analisada pelo Ministério da Agricultura e espera-se que venha a ser adotada proximamente.