Redação (13/02/2008)- Os estudos realizados mostraram claramente que tabagismo, hipertensão arterial, obesidade e altos níveis de colesterol no sangue são os principais fatores de risco para as DCV. Assim, a maioria dos programas de intervenção voltados para uma população, com o objetivo de diminuir o risco de DCV, é direcionada contra estes principais fatores de risco. Antes que os estudos documentassem que a diminuição de um alto nível plasmático de colesterol pode diminuir o risco de DCV, a hipercolesterolemia (altos níveis plasmáticos de colesterol) tornou-se um importante alvo de saúde pública para reduzir o risco de DCV.
A abordagem voltada para uma população, para diminuir os níveis plasmáticos de colesterol, estava baseada em modificações da dieta, principalmente as reduções em gordura total, gordura saturada e colesterol da dieta. Ainda que a evidência seja clara, indicando que altos níveis de ingestão de ácidos graxos saturados presentes na dieta aumentam as concentrações de colesterol no plasma, a relação entre o colesterol nos alimentos e o colesterol no sangue continua sendo uma área de intensas pesquisas, bem como de considerável debate.
Os estudos clínicos e epidemiológicos sobre a relação entre colesterol da dieta, ovos e risco de doença cardíaca coronariana (DCC) realizados ao longo dos últimos dez anos dão a sustentação que resultou em um grande volume de evidências, mostrando uma relação zero entre o colesterol da dieta e a incidência de DCV. E à medida em que o estigma do colesterol torna-se uma questão menor para os ovos, a atenção de profissionais da área de saúde e cientistas da área de nutrição mudou, passando de mensagens negativas para uma ênfase sobre as muitas contribuições que os ovos trazem para a qualidade e o valor nutricional da dieta.