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Cotações do milho em queda nos EUA

A aposta do mercado é de que o USDA revise os estoques de 205 milhões de bushels para 195 milhões.

Redação (10/11/2008)- Mais afetados pela presença de fundos especuladores, os contratos de milho encerraram a última semana com queda de 6,4% na Bolsa de Chicago (CBOT). Os papéis com vencimento em dezembro recuaram de US$ 4,0150 o bushel no dia 31 de outubro para US$ 3,7550 na última sexta-feira, dia 07. "Para o nível de estoques, o milho está com preço subestimado. Não deveria estar abaixo de US$ 4", pondera Vinícius Ito, analista da New Edge.
No caso desta commodity, o mercado também está receoso com a perspectiva de recuo acentuado na demanda. Além de ser usado pelas deficitárias usinas de etanol nos Estados Unidos, explica Ito, o milho é matéria-prima de rações para bovinos no país. "E há tendência de queda no consumo de carnes, produto cuja demanda é mais elástica a alterações de preço e renda", acrescenta o especialista da New Edge.
Já a soja, que nas últimas semanas tinha estourado a barreira dos US$ 7 o bushel, teve queda mais acentuada nos últimos sete dias. Os papéis para janeiro fecharam o pregão de sexta-feira em US$ 9,21 o bushel, queda de 1,2% em relação à sexta-feira anterior. No dia, a cotação da commodity teve alta de 1,6%. "A China continua comprando forte. Os preços baixos do grão, aliado aos fretes marítimos em declínio estão estimulando o consumo do país asiático", avalia Ito. Com esse aquecimento, segundo ele, é provável que os números do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que serão apresentados hoje, mostrem uma redução dos estoques americanos deste grãos, que já estão baixos.
A aposta do mercado é de que o USDA revise os estoques de 205 milhões de bushels para 195 milhões, o que representaria uma queda de 4,87%. "São estoques quase emergenciais. Nos últimos cinco anos esse volume ficou entre 300 milhões e 400 milhões de bushels", compara.