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Crédito

CMN prorroga dívidas de custeio da safra de grãos 2004/2005.

Da Redação 01/09/2005 – O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou hoje voto prorrogando para março e abril de 2006 as dívidas de custeio de algodão, arroz, milho, soja, sorgo e trigo que já venceram ou vencerão neste ano. O anúncio foi feito pelo ministro interino da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto.

A medida, envolvendo o alongamento de débito do crédito agrícola estimado em R$ 2 bilhões, contemplará  os produtores de todo o país assinalou.

Os agricultores não precisarão assinar termo aditivo contratual para ser beneficiados pela decisão do CMN, informou o ministro interino da Agricultura. Basta que os produtores comprovem a armazenagem do produto colocado como garantia do crédito tomado nas operações de custeio da safra de grãos.

As dívidas referentes ao custeio de arroz, milho, soja, sorgo e trigo venceram em junho, julho e agosto deste ano, informa a Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura. Os produtores de algodão terão as duas primeiras parcelas do custeio que vencem  este ano prorrogadas também para os meses de março e abril do próximo ano.

De acordo com o voto aprovado pelo CMN, os produtores beneficiados com a prorrogação somente poderão obter crédito com recursos controlados para lavouras da safra de verão 2005/2006 até o valor correspondente à diferença entre o limite autorizado para a nova temporada agrícola e os valores das operações envolvidas na concessão de prazo adicional de quitação. Por exemplo, se o limite do custeio for de R$ 400 mil e o produtor tiver prorrogado R$ 50 mil de sua dívida, ele poderá tomar um novo empréstimo de R$ 350 mil.

Essa medida significa um fôlego a mais, um apoio do governo, para que daqui até março ou abril do ano que vem o produtor consiga uma condição melhor de comercialização para o pagamento dessa dívida, sem prejudicar de modo significativo a disponibilidade de recursos para financiar o plantio da safra 2005/2006 explicou o secretário de Política Agrícola, Ivan Wedekin.

Ainda segundo ele, a medida não vai resolver integralmente a descapitalização ou a falta de condições dos agricultores para pagar as dívidas.

No entanto, contribuirá muito para que os produtores continuem tendo condições de plantar e tocar a sua produção na safra 2005/2006 dentro de linhas mais favoráveis.