Redação (18/02/2008)- Dois mil e oito começou como um ano que promete bons negócios para o suinocultor Ovídio Sebastiani, de Boituva, São Paulo. O milho, que é o principal ingrediente da ração, teve uma queda de 12% no preço no mês de janeiro.
O milho representa de 65% a 70% da ração do suíno, e é com base nele que os produtores costumam fazer um cálculo bem simples para saber se o negócio vai bem ou não. Toda vez que uma arroba de carne suína for suficiente para comprar duas ou mais sacas de milho é sinal de que o negócio está equilibrado. “Nós tivemos custos de produção acima dos R$ 50,00 a arroba. Hoje está por volta de R$ 50,00, ou um pouco menos. Então a coisa está se equilibrando”, comenta Ovídio.
O preço da carne do suíno está um pouco melhor. Em fevereiro do ano passado o valor da arroba em São Paulo girava em torno de R$ 37,00. Em abril chegou a R$ 41,00 e atingiu o pico de R$ 61,00 em dezembro. Em janeiro deste ano caiu para R$ 48,00, mas já começou a reagir e essa semana chegou a R$ 50,00. O preço é menor do que o de dezembro, mas bem acima do de fevereiro do ano passado.
Todos os meses a granja vende para o abate cerca de 2.500 animais. Senhor Ovídio não aumentou o rebanho, mas acha que o crescimento do consumo no país e a melhoria das exportações podem contribuir para aquecer os negócios em 2008. “O Brasil está conseguindo ter penetração comercial em novos países, está ampliando o leque em função da qualidade da carne suína do Brasil, que é muito boa. Então a tendência do Brasil é incrementar essa exportação”, diz.
A exportação de suíno em 2007 passou de um US$ 1,2 bilhão – aumento de 18% em relação a 2006.