Redação (26/05/2008)- Está praticamente paralisado o planejamento dos sojicultores mato-grossenses para a próxima safra (2008/09), que começará a ser plantada em outubro no Estado. Apesar dos bons preços do grão nos mercados internacional e doméstico, a Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso (Aprosoja/MT) reitera que o aumento de custos é um fator de incerteza e que os agricultores têm de decidir com cuidado os gastos que serão efetuados, sobretudo com a adubação das lavouras.
Conforme a entidade, o custo operacional total da soja para 2008/09 no maior produtor do país chegou a R$ 7,6 bilhões em abril, 38% mais que o necessário na atual temporada, que já foi colhida. Os fertilizantes respondem por até 48% dos gastos, ante 38% em 2007/08. Em comunicado, a Aprosoja/MT previu novos incrementos nos próximos meses. A entidade realçou que pelo menos metade do adubo necessário para o plantio mato-grossense ainda não foi adquirido.
Mas os custos não são a única preocupação dos sojicultores de Mato Grosso. A questão ambiental segue delicada, e as restrições de crédito por parte das indústrias de insumos (defensivos e fertilizantes, principalmente) para produtores sem Licença Ambiental Única (LAU) nos 86 municípios embargados pelo Ministério do Meio Ambiente preocupa. No campo do crédito, o fato de a Medida Provisória da rolagem das dívidas ainda não ter sido publicada colabora para travar os planos.