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Agricultura

Desenvolvimento sustentável

Especialista diz que cenário atual é favorável à produção de alimentos saudáveis. É cada vez maior o número de consumidores que procuram por alimentos sadios e livres de resíduos.

O coordenador de Desenvolvimento Sustentável do Ministério da Agricultura, Adilson Reinaldo Kososki, afirmou ontem (05/11) que o momento atual é favorável aos que se dedicam à agricultura sustentável e à produção de alimentos saudáveis. Segundo Kososki, que é engenheiro agrônomo, o desenvolvimento sustentável do meio rural, com o uso de novas tecnologias na produção de alimentos saudáveis, é prioridade para o ministério.

Com isso, garante-se ao pequeno agricultor a redução de custos no plantio, maior rentabilidade e qualidade de vida , disse o agrônomo, ao participar, em Curitiba, do 2º Simpósio de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Microbacias Agropecuárias. O atual cenário mercadológico sinaliza para o crescimento do número de consumidores que procuram por alimentos sadios e livres de resíduos, acrescentou.

“Isso justifica a importância do projeto Pisa [Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Microbacias Hidrográficas], implantado pelo ministério em fevereiro do ano passado. Destinado ao pequeno agricultor, tem a finalidade de transformar a produção convencional em sustentável, com rastreabilidade e potencial para certificação. E tudo isso sem um custo adicional”, afirmou Kososki.

Para ele, o programa obteve êxito: “Já tem a adesão de 3 mil pessoas em 340 instituições públicas e privadas nos estados de Mato Grosso do Sul, da Bahia, de São Paulo, do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul e começa a ser introduzido em Minas Gerais”. Kososki informou que o projeto Pisa já foi implantado em 31 municípios brasileiros, com 14 comitês gestores todos, segundo ele, com forte envolvimento da sociedade civil organizada.

Ele disse que muitos agricultores ainda resistem a abrir mão da agricultura convencional em toda a sua propriedade e optar por parte dela com o Pisa que, em sua opinião, é o modelo ideal para que sejam feitos estudos de comparação. O programa fornece, gratuitamente, toda a orientação e assistência técnica necessárias.

Kososki defendeu a política do alimento seguro na produção brasileira, afirmando que isso pode ter grande significado num cenário mundial onde a demanda de alimentos cresceu 25% desde o ano 2000 e há cerca de 100 milhões de pessoas vivendo em estado de absoluta pobreza.

O 2º Simpósio de Produção Integrada de Sistemas Agropecuários em Microbacias Agropecuárias faz parte do 2º Agronegócio Brasil, promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos do Paraná. O evento, que termina amanhã (06/11), reúne estudiosos e gestores do agronegócio de todo o País.