Redação SI (01/03/06)- Fala-se muito em assistência e cuidados com o parto na suinocultura, pois se percebe que em muitas unidades de produção, estes cuidados não são realizados de forma satisfatória. No entanto, alguns encarregados pela produção, na ânsia de auxiliar o parto da forma mais eficiente, possibilitando maior assistência e cuidados, acabam, literalmente, exagerando na dose.
Esta atitude ocorre quando nos referimos ao uso de ocitocina para auxílio do parto. A ocitocina é um hormônio, produzido normalmente em grande quantidade na ocasião da parição. Ele aumenta a contração da musculatura lisa do útero para proporcionar o nascimento dos leitões. Uma outra função é a ejeção do leite (ejeção e não produção, esta é realizada principalmente por um outro hormônio: a prolactina).
A droga que é aplicada nas porcas, com o objetivo de acelerar o parto e/ou aumentar a ejeção de leite é, justamente, a ocitocina. Ela reduz consideravelmente o tempo de parição.
Para a utilização deste artifício, deve-se ter muita cautela! A ocitocina pode ser utilizada para correção do parto. Porém, deve-se ter cuidado, pois a ação de aumentar a contração uterina pode possibilitar a ruptura precoce do cordão umbilical. Há redução de oxigenação para os fetos e, assim, há um aumento da mortalidade durante o parto.
Muitas vezes, a aplicação inconseqüente da droga, quando há um leitão em posição inadequada no canal de parto (popularmente dizendo: entalado!), pode fazer com que os demais leitões não consigam sair e tenham seu cordão umbilical rompido. Assim, caso tempo entre o nascimento dos leitões seja muito grande, é recomendado que se faça o toque vaginal antes de aplicar a ocitocina.