Para implantar o projeto, a Aprosoja, segundo Bezerra, terá que explorar jazidas de fosfato no Estado, com investimento inicial de R$ 1 milhão. "Não obstante o alto custo do projeto, e mesmo a dificuldade de implantá-lo, a Aprosoja demonstra firme disposição de trabalhar pelo desenvolvimento da produção, entrando no ramo da mineração para conseguir acompanhar o ritmo do mercado internacional", disse Bezerra.
Até 2002, segundo dados da Aprosoja, 15,6 sacas de soja compravam uma tonelada de fertilizante, em termos da média nacional. Hoje, já são necessárias mais de 20 sacas. Por outro lado, há uma década, bastavam dez sacas de fertilizante por hectare, mas hoje o consumo chegou a 17 sacas. Só em 2007, o preço dos fertilizantes sofreu um aumento de cerca 30%.
A demanda crescente por grãos obriga ao incremento progressivo da produtividade, mas, por outro lado, força o aumento de preço dos insumos. "Daí a importância de se tentar deter a alta no preço dos fertilizantes, para, pelo menos, se voltar aos patamares de uma década atrás", observou o deputado.
Ao lado do nitrogênio e do potássio, o fosfato é a principal matéria-prima da produção de fertilizantes. E a soja é a cultura que mais consome fosfato no Brasil, exigindo 34% do total da produção nacional. "Podemos afirmar, assim, que a Aprosoja busca resolver o problema na origem, passando a produzir seu próprio adubo e assim garantindo, a médio prazo, o aumento da produtividade e da competitividade da soja mato-grossense", ressaltou Bezerra.
Analisado por pesquisadores da Universidade de Campinas (Unicamp), e autorizado pelo Departamento Nacional de Produção Mineral, o projeto inclui 600 mil hectares, em uma área de ocorrência de fosfato localizada no norte do Estado. Em um primeiro momento, serão alcançados apenas 50 mil hectares. A etapa inicial deverá apresentar resultados em até três anos.