Redação (24/06/2008) – A doença do edema é causada pela colonização do intestino delgado por cepas de Escherichia coli enterotoxigênicas, hemolíticas e que possuem habilidade de aderência às vilosidades intestinais.
Sabe-se que leitões lactentes podem adquirir estas cepas da mãe ou do ambiente, sem manifestar a doença entre 2 a 4 semanas após o desmame. É uma doença de alta mortalidade e ocorre predominantemente na forma de surtos. Este é estabelecido rapidamente, mas com curta duração, em média 8 dias, raramente ultrapassando 15 dias.
Fatores de risco
Os fatores de risco para a Doença do Edema são: mudança de ambiente na hora da desmama, estresse do leitão pela separação da mãe, mudança brusca de alimentação com dietas com alto teor protéico, mistura de leitões oriundos de mais de quatro leitegadas numa mesma baia, lotação excessiva (mais de 3,5 leitões por metro quadrado), baixa higiene, desinfecção mal realizada, ausência de vazio sanitário entre os lotes, grandes variações de temperatura ( acima de 6 graus), excesso de umidade nas baias, dentre outros.
A Doença
A doença aparece de forma repentina em que se observa morte súbita, geralmente nos melhores animais do lote. Os animais apresentam dispnéia (devido ao edema pulmonar), edema de glote e de pálpebras. Alguns animais apresentam sintomatologia nervosa (devido ao edema cerebral), como incoordenação motora e cegueira, evoluindo para paralisia, tremores, decúbito com movimentos de pedalagem, coma e morte. Os leitões que não morrem pela infecção tornam-se animais refugos na granja.
Diagnóstico Laboratorial
O diagnóstico laboratorial é uma ferramenta fundamental para a elucidação e auxílio ao veterinário de campo. É realizado através do isolamento de bactérias Escherichia coli oriundas de amostras coletadas de fragmentos de alças intestinais e linfonodo mesentérico ou de animais sentinelas (animais que não consumiram nenhum tipo de antibiótico durante pelo menos 5 dias) enviados ao laboratório para necropsia e exames complementares. Após o isolamento é realizado o antibiograma, que indica o melhor antibiótico a ser utilizado na granja.
Prevenção
Medidas preventivas devem ser realizadas a fim de minimizar fatores de risco, tais como: limpeza e desinfecção rigorosa da granja, respeitar o período de vazio sanitário (mínimo 5 dias), a transferência de animais deve ser realizada nas horas mais frescas do dia, homogeneização dos lotes, evitar medidas de manejo que provoquem estresse como novas misturas de lotes. A vacinação também se mostra como um eficaz meio de controlar a doença na granja.
O TECSA Laboratórios disponibiliza exames bacteriológicos para a correta identificação do agente etiológico da doença, bem como antibiogramas que auxiliam na escolha da droga a ser utilizada na granja, evitando assim maiores perdas econômicas na suinocultura moderna.