Redação (26/03/2008)- As doenças respiratórias têm um importante impacto na produção suinícola atual. Especialmente se levada em conta as novas tendências da suinocultura moderna, cujas atuais técnicas de produção (altas densidades, genéticas de alto desempenho, produção em larga escala etc.) favorecem o aparecimento e a disseminação de doenças respiratórias.
Embora existam poucos estudos que avaliem o reflexo econômico desse tipo de enfermidade na suinocultura mundial – especialmente para agentes específicos – não há dúvidas de que os prejuízos são significativos. Só para citar um exemplo, o Conselho Nacional de Suínos nos EUA (National Pork Board) estima que o impacto causado pela infecção da PRRS (Porcine Reproductive and Respiratory Syndrome) na suinocultura daquele país seja da ordem de US$ 600 milhões por ano.
A situação do Brasil não é diferente. As doenças respiratórias continuam a ser um dos grandes desafios a serem vencidos pelos especialistas e técnicos do País. Um grande número de patógenos está presente nas granjas brasileiras. Eles afetam suínos de diferentes idades e são distintos com relação à epidemiologia, diagnóstico e controle.
Sinônimo de prejuízos para o setor e dor de cabeça para o suinocultor, as doenças respiratórias vêm sendo estudadas e discutidas há bastante tempo. E, embora sejam intensos os esforços para seu controle, sua importância dentro da suinocultura se mantém.
É consenso entre os especialistas que por mais que a medicina veterinária evolua, ainda por um bom tempo, existirão novos desafios a serem enfrentados. Sobretudo, pelas constantes inovações introduzidas na produção de suínos.
Nesse cenário, a atualização permanente se torna palavra de ordem entre os técnicos do setor. O conhecimento da epidemiologia e de técnicas de diagnóstico e controle é fundamental para balizar a tomada de decisões dentro da granja, visando o controle e erradicação destes microorganismos.
Palco para atualização – O tema “Doenças respiratórias de suínos” será um dos destaques da programação do Seminário Internacional de Suinocultura, realizado junto à AveSui América Latina 2008. Não apenas pela importância e atualidade do assunto. O tema será abordado por Simone Oliveira, uma das maiores autoridades mundiais na área de doenças infecciosas de suínos.
Médica veterinária por formação, Simone Oliveira é Mestre em Patologia Veterinária e Doutora na área de Doenças Infecciosas de Suínos.
Professora, pesquisadora e extensionista do Departamento de Medicina Populacional da Universidade de Minnesota, Simone atualmente se dedica à área de pesquisa em doenças bacterianas de suínos, com ênfase em Haemophilus parasuis, Actinobacillus pleuropneumoniae, Actinobacillus suis, Streptococcus suis e Mycoplasma hyopneumoniae.
Sua apresentação na AveSui estará focada na descrição da epidemiologia, diagnóstico e controle desses agentes. Como responsável pelo setor de Bacteriologia Molecular do Laboratório de Diagnóstico Veterinário da Universidade de Minnesota, sua palestra abordará os novos testes que estão disponíveis para diagnóstico desses microorganismos, e como a informação gerada por essas novas ferramentas podem ser utilizadas para estudar a epidemiologia de cada agente e definir medidas de controles nos rebanhos afetados.
Anote em sua agenda
AveSui América Latina 2008
Seminário Internacional de Suínos
Data: 14 de maio de 2008 – sala Sambaqui 1
Local: Centro de Convenções CentroSul, Florianópolis (SC)