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A interação entre nutrição e reprodução da fêmea suína e o impacto do peso dos leitões sobre seu desempenho pós-natal estarão no centro das discussões do Seminário Internacional de Suínos. George Foxcroft, uma das maiores autoridades mundiais na área de Fisiologia Reprodutiva Suína, será o responsável pela abordagem dos temas.

Mortalidade neonatal ainda é responsável pela maior parte das perdas de animais na indústria suinícola

Redação (08/04/2008)- Muito do sucesso da suinocultura pode ser creditado ao bom desempenho reprodutivo das matrizes. Quanto mais numerosas, saudáveis, pesadas e uniformes forem as leitegadas, maior o retorno econômico do sistema produtivo suinícola.

A mortalidade neonatal, no entanto, ainda é responsável pela maior parte das perdas de animais na indústria suinícola. Isto por que os leitões são muito frágeis ao nascer. Sua adaptação à vida extra-uterina é uma etapa delicada e que requer cuidados especiais.

A maior mortalidade neonatal ocorre com leitões que estão abaixo do peso médio da leitegada ao nascimento. Cerca de 40% dos leitões nascidos com menos de 1 kg não conseguem sobreviver. Esta porcentagem aumenta quando os leitões nascem com menos de 700 gramas.

Assegurar um bom manejo nutricional para as matrizes tem se mostrado essencial para diminuir a mortalidade neonatal. Estudos comprovam que administração de uma dieta adequada às fêmeas, especialmente na parte final da gestação, tem influência decisiva no peso dos leitões ao nascer.

Nutrição e reprodução – A interação entre nutrição e a reprodução da fêmea suína e o impacto do peso dos leitões ao nascer sobre seu desempenho pós-natal são alguns dos assuntos que serão discutidos no VII Seminário Internacional de Suinocultura, que será realizado na AveSui América Latina 2008. “Trata-se de dois temas bastante relevantes para o atual estágio da suinocultura. Afinal, se o sucesso de um sistema de produção de suínos está vinculado ao bom desempenho de suas matrizes, se faz necessário estabelecer programas nutricionais adequados em todas as fases de sua vida” afirma George R. Foxcroft, professor e pesquisador da Universidade de Alberta, no Canadá. “O manejo nutricional da porca lactante é especialmente importante, já que uma das formas de se obter o aumento no peso dos leitões – e, por extensão, diminuir a mortalidade neonatal – é pelo aumento do aporte nutricional na etapa final da gestação”.

Uma das maiores autoridades na área de Fisiologia Reprodutiva Suína, Foxcroft foi especialmente convidado para abordar o assunto na AveSui América Latina 2008. Durante o Seminário Internacional de Suinocultura, o especialista falará sobre a importância do manejo nutricional para a porca lactante moderna e sobre as implicações do baixo peso dos leitões recém-nascidos sobre seu desempenho pós-natal.

Dieta adequada – Segundo Foxcroft, o peso dos leitões ao nascer interfere na sua taxa de mortalidade durante a lactação, no seu peso ao desmame e, conseqüentemente, no seu desempenho futuro. “Os animais nascidos com menos de 800 gramas já podem ser dados como perda neonatal, pois mesmo que estes suínos sobrevivam, não serão economicamente compensadores para elevar o abate”, afirma o especialista. “Nascimentos com peso abaixo de 1 kg serão traduzidos em baixo número de fibras musculares, pobre conversão alimentar e ineficiência de crescimento, além disso, os animais terão a carcaça de baixa qualidade no momento do abate”.

De acordo com Foxcroft, uma das maneiras de se obter o aumento no peso dos leitões é através de um bom manejo nutricional na etapa de gestação.

O grande problema, no entanto, é que as matrizes atuais são mais exigentes sob o ponto de vista nutricional. Mais precoces, produtivas e com maior peso corporal, as “matrizes modernas” apresentam um padrão de consumo de alimento muitas vezes insuficiente para atender a demanda nutricional da fase de lactação.

Essa situação pode ser mais crítica em matrizes primíparas, que por ainda estarem em fase de crescimento, têm suas exigências nutricionais potencializadas. “A dieta da leitoa primípara deve ter um nível maior de lisina e proteína durante a lactação, e após a etapa de desmama, deve-se manter continuamente em alta os requisitos de deposição do tecido magro para compensar a tendência de baixa lactação alimentar na matriz suína”, orienta Foxcroft. “As fêmeas que dão a luz pela primeira vez, após o desmame, tendem a ovular antes que o desenvolvimento do ovário tenha ocorrido. Isto limita a taxa de ovulação e qualidade do embrião, comprometendo o tamanho dos fetos numa segunda paridade”, conclui. Segundo o especialista, a atenção para o consumo alimentar e a dieta no primeiro parto de uma leitoa é fundamental.

Essa e muitas outras dicas farão parte das duas apresentações ministradas por Foxcroft no VII Seminário Internacional de Suinocultura, realizado junto à AveSui América Latina 2008 e que acontece no dia 14 de maio no CentroSul – Centro de Convenções de Florianópolis (SC).

Conheça o palestrante

George Foxcroft é natural de Yorkshire, Inglaterra. Ele recebeu, com louvor, Licenciatura em Fisiologia Animal, em 1968, e um PhD em Fisiologia Reprodutiva, em 1972, ambos da Universidade de Nottingham.

Depois de dois anos ganhou uma bolsa de pós-doutorado na Universidade de Illinois e foi nomeado para uma posição docente na Universidade de Nottingham, em 1974. Desde que se mudou para o Canadá, George assegurou uma cadeira como pesquisador na NSERC-Industry dentro da Universidade de Alberta (1988-1999), patrocinada pela Produtora de Suínos Alberta. Também tornou-se um prestigiado Pesquisador Sênior do Canadá, tratando de Fisiologia Reprodutiva Suína (2001-2007).

Atualmente, Foxcroft está à frente do Programa Multidisciplinar de Reprodução e Desenvolvimento Suíno, na Universidade de Alberta. O especialista já treinou mais de 40 alunos PhD / MSc, e nos últimos 10 anos publicou mais de 100 artigos e opiniões que abrangem todo o aspecto de R&D.

Oportunidade para se atualizar – programação técnica da AveSui

Além de possibilitar oportunidades de negócios, a AveSui América Latina 2008 conta também com uma ampla programação técnica, que será apresentada dentro dos seus seminários internacionais de aves, ovos, suínos e aqüicultura e dos painéis especiais sobre processamento de carne de aves, bioenergia, nutrição e marketing da carne (Veja a programação completa na página
www.avesui.com/seminario). A feira e as palestras técnicas acontecem nos dias 13, 14 e 15 de maio, no CentroSul – Centro de Convenções de Florianópolis (SC).

Outras oportunidades de aperfeiçoamento e atualização técnica são os cursos sobre práticas de manejo de suínos e de cortes da carne suína, coordenados pela Embrapa Suínos e Aves (manejo) e pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS), o de cortes, e promovidos em parceria com a Gessulli Agribusiness, empresa organizadora da AveSui América Latina.

A Embrapa Suínos e Aves realizará, no dia 14 de maio, o Curso sobre Práticas de Manejo de Leitões, ministrado pelo técnico especialista Nilson Woloszyn, e o Curso de Planejamento do Fluxo de Produção de Suínos, conduzido pelos especialistas Nelson Morés e Armando Lopes do Amaral. Já a ABCS coordenará, também no dia 14 de maio, o I Curso Prático de Cortes de Carne Suína, ministrado por Daniel Furtado Barbosa (saiba mais detalhes sobre os cursos e seus horários no site da AveSui www.avesui.com).

AveSui América Latina 2008
13 a 15 de maio
CentroSul – Florianópolis (SC)
[email protected]
www.avesui.com

Gessulli Agribusiness
Tel.: (11) 2118-3133
[email protected]