Redação SI 11/03/2005 – Apesar de a Rússia só ter levantado o embargo à carne suína do Rio Grande do Sul e de outros cinco estados brasileiros no início deste mês, as vendas externas do produto cresceram 51,3% em fevereiro sobre igual mês de 2004, alcançando 42.837 toneladas.
Segundo a Abipecs (reúne as empresas exportadoras), a receita com os embarques somou US$ 79,8 milhões no mês, alta de 122% ante fevereiro de 2004.
No bimestre, foram embarcadas 80.151 toneladas de carne suína, alta de 62,73% sobre igual período de 2004. Em receita, o ganho foi de 135,81%, para US$ 147,9 milhões.
Principal mercado para a carne suína brasileira, a Rússia comprou US$ 84 milhões do produto no bimestre, alta de 196% sobre igual intervalo de 2004. Os volumes cresceram 92%, para 42.337 toneladas no período, quando apenas Santa Catarina tinha permissão para fornecer para a Rússia, já que os outros Estados estavam suspensos em função de um foco de aftosa no Amazonas.
Na avaliação de Pedro de Camargo Neto, presidente da Abipecs, os resultados poderiam ser mais positivos se o Rio Grande do Sul estivesse exportando à Rússia. “Eles foram prejudicados porque tiveram que vender para mercados de preços mais baixos”, afirmou.
Para Camargo Neto, o resultado, de uma maneira geral, reflete o trabalho para ampliar as vendas, buscando melhores parceiros comerciais. Além disso, existe um crescimento na demanda por carne suína. As cotações indica essa maior procura: o preço médio em fevereiro ficou em US$ 1.863 por tonelada, alta de 47,02% ante fevereiro de 2004.