Redação (24/04/2008)- Festejar os 35 anos de sucesso da pesquisa agrícola, prestar contas à sociedade do que foi realizado pela Embrapa no de 2007 e assumir novos compromissos. Estes foram os três grandes propósitos da solenidade realizada nesta quarta-feira (23) no Palácio do Planalto, em Brasília.
O presidente da Embrapa, Silvio Crestana, descreveu o momento pelo qual a Empresa está passando como “memorável”. Crestana entregou ao presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva o Balanço Social 2008, que mostra as 550 ações de importante interesse social, que foi fundamental para a criação de 115 mil empregos. “Tivemos um lucro social de mais de 15 bilhões de reais, o que dá um retorno maior que 13 reais para cada real aplicado em pesquisa”, afirmou.
O momento mais esperado do evento foi o anúncio do PAC da Embrapa feito pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes. Segundo o ministro, o programa prevê quase um bilhão de reais em recursos para os próximos dois anos e sete meses, dos quais poderão ser investidos até 264 milhões de reais para reformar o sistema estadual de pesquisa, mediante uma contrapartida dos estados. Além disso, serão contratados mais 1210 novos profissionais, dentre pesquisadores e pessoal de apoio, recuperação de campos experimentais e criação de três centros de pesquisa em Mato Grosso, Tocantins e Maranhão.
Stephanes aproveitou para aplaudir a comunidade que participa do desenvolvimento da agricultura do país. “60% da produtividade do país se deve à pesquisa. “O desafio agora é compatibilizar a segurança alimentar com produção de energia, preservação do meio ambiente e mudanças climáticas”, explicou.
Em seguida, o presidente Lula lançou o desafio para a Embrapa e para o Brasil. “Precisamos juntar a inteligência brasileira para estabelecer uma estratégia de atuação, em que a agricultura passa a ter um peso importante no cenário mundial”, disse Lula, que rebateu as críticas que têm sido feitas ao Brasil, em relação a sua capacidade de produção de alimentos e de energia. “O desafio é de todos nós brasileiros e temos três anos para provar que vale à pena investir em pesquisa.”
Segundo Crestana, os desafios são sempre bem-vindos. “Não tememos desafios, podemos encarar o futuro com uma boa dose de confiança porque o Brasil soube antever o surgimento dessa economia do conhecimento e aproveitar as crises para construir essa Agricultura Tropical, capaz de criar excedentes de riqueza para financiar a modernização de sua indústria, a ampliação do seu comércio, e preparar sua gente para viver e crescer com esse novo tempo.” Crestana destacou, ainda, o fato de o presidente Lula compreender o papel da Embrapa, chamando toda a instituição para um compromisso maior do que a nobre missão de fazer pesquisa. “Ele nos quer mais ativos no esforço de desenvolvimento econômico e social.”