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Embrapa do Futuro mostra primeiros resultados

A idéia surgiu em fins de 2006, momento em que a Embrapa instituiu o PDI (Plano de Desligamento Incentivado), promovendo a aposentadoria de muitos profissionais.

Redação (11/01/2008)- Iniciado há cerca de um ano, pela Embrapa Pecuária Sudeste (São Carlos, SP, SP), o projeto “Embrapa do Futuro” divulga agora suas primeiras propostas. O projeto é inédito e visa a reformulação das linhas e prioridades da pesquisa e critérios de seleção na admissão de novos empregados, considerando as especialidades mais necessárias a partir de agora.
A idéia surgiu em fins de 2006, momento em que a Embrapa instituiu o PDI (Plano de Desligamento Incentivado), promovendo a aposentadoria de muitos profissionais. É uma tentativa de aproveitar essa renovação de quadros para redirecionar as áreas de atuação da empresa, bem como implantar nova política de contratações.

Após a realização de seminários, entrevistas com empregados desse centro de pesquisa e personalidades da agropecuária, revisão de literatura, observando os rumos da agricultura no Brasil e no mundo, a comissão do projeto promoveu uma oficina de trabalho que teve a participação da maioria dos empregados da Embrapa Pecuária Sudeste. Os participantes da oficina selecionaram três grandes temas: qualidade e segurança do produto (carne, leite, couro, peles), eficiência e sustentabilidade da produção agropecuária (menos impactos ambientais, relação com o aquecimento global e durabilidade da produção) e transferência de tecnologia e inovação (mais ênfase na transferência da pesquisa para o campo).
Dentro de cada um destes temas, foram apresentadas as oportunidades de contribuição da unidade. O primeiro tema inclui pesquisas em questões relacionadas aos contaminantes químicos e biológicos em alimentos e para o desenvolvimento de tecnologias que visem a melhoria de características sensoriais, funcionais e nutricionais dos alimentos, como produtos mais sadios, alimentos direcionados à terceira idade, entre outros.
Em relação ao segundo tema, as principais contribuições deverão ser relacionadas ao uso sustentável de recursos naturais, à intensificação e diversificação da produção, ao uso de resíduos orgânicos da agropecuária e à adaptação e redução dos impactos das mudanças climáticas. Um exemplo disto é a possibilidade de pesquisas em forrageiras (capins) e em resíduos orgânicos, como a palhada da pós-colheita de sementes, para produção de energia.
No terceiro tema, o foco será a transferência de conhecimento tecnológico, o desenvolvimento rural e a inclusão social. Foi montada uma tabela contendo as áreas de atuação para vagas de assistente, analista e pesquisador, necessárias para que a Embrapa dê mais ênfase aos temas priorizados.
“Além da importância de fazer com que as tecnologias geradas cheguem ao campo, as palavras segurança, qualidade e sustentabilidade devem ocupar posição de destaque na Embrapa Pecuária Sudeste”, ressalta a pesquisadora e presidente da comissão, Patrícia Menezes Santos.