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Embrapa Milho e Sorgo mostrará cultivares e dará curso de minimilho no Show Rural 2008

A entidade apresentará dez cultivares já lançadas e outras dez que estão em fase de pré-lançamento.

Redação (07/01/2008)- Entre as cultivares de milho, há quatro híbridos simples (BRS 1010, BRS 1015, BRS 1030 e BRS 1035), um híbrido triplo (BRS 3060) e um híbrido duplo (BRS 2020). Além deles, serão mostrados dois híbridos de sorgo granífero (BRS 308 e BRS 310) e dois híbridos de sorgo forrageiro (BRS 610 e BRS 800).

O BRS 1010 é adaptado às regiões Sudeste e Centro-Oeste do Brasil, ao norte do Paraná, ao sudoeste da Bahia e ao sul dos estados do Maranhão e do Piauí. Além de boa sanidade (é resistente à Phaeospheria e moderadamente resistente à mancha de Cercospora), tem alto potencial produtivo.

Já o BRS 1015 foi desenvolvido em conjunto pela Embrapa Milho e Sorgo e pela Embrapa Trigo (Passo Fundo-RS). Seu plantio é restrito à safra normal dos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina e do sul do Paraná.

O BRS 1030 é recomendado às regiões Centro-Oeste e Sudeste do país, além do norte paranaense e do sudoeste baiano. Tanto em ambientes acima como abaixo dos 700 m de altitude (quando, tradicionalmente, há queda na produtividade do milho), ele tem mostrado alta produtividade.

A mesma boa resposta, tanto acima como abaixo dos 700 m de altitude, tem tido o BRS 1035, que apresenta ainda ótimo empalhamento. A área de recomendação é formada pelas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Meio-Norte do Brasil.

O híbrido triplo BRS 3060 tem bom nível de resistência às principais pragas e doenças que atacam o milho. Outra característica importante é a maior eficiência na utilização de fósforo, o que acaba resultando em uma potencial alta estabilidade produtiva.

Recomendado para as regiões Sudeste e Centro-Oeste do país, os estados da Bahia, Tocantins, Piauí e Maranhão e o norte paranaense, o BRS 2020 é um híbrido duplo e tem ciclo precoce.

Sorgo – O BRS 308 tem boa capacidade de rebrota e alta resistência a três das principais doenças que atacam o sorgo: a antracnose, a cercosporiose e a helmintosporiose. É um híbrido de sorgo granífero indicado para o sistema de sucessão ou safrinha das regiões Sudeste e Centro-Oeste do país.

Já o BRS 310, também híbrido de sorgo granífero, tem mostrado alto potencial de rendimento de grãos e adaptabilidade a ambientes considerados desfavoráveis. Ele é recomendado para as regiões Sudeste e Centro-Oeste nos plantios de sucessão a culturas de verão e o Nordeste no inverno chuvoso.

Já o BRS 610 é um híbrido forrageiro de sorgo e apresenta boa produtividade de matéria seca e excelente sanidade foliar. A alta digestibilidade de matéria seca confere qualidade à silagem feita com o BRS 610, que é recomendado para plantio na safra de verão das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

O BRS 800 é um híbrido de sorgo indicado para corte e pastejo e sua forragem tem alto valor nutritivo. A Embrapa recomenda seu plantio seguindo a escala: Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná entre setembro e janeiro; norte e sudeste paranaenses entre setembro e fevereiro; norte de Minas Gerais e Nordeste do Brasil durante todo o ano.

Curso – A Embrapa Milho e Sorgo ofertará um curso sobre processamento de minimilho. Considerado uma hortaliça, o minimilho pode ser colhido no verão até em 45 dias, conforme a precocidade da cultivar usada. No inverno, mesmo com cultivares precoces, esse tempo chega até a cerca de 70 dias.

A principal diferença entre o minimilho e o milho para grão é a densidade de semeadura. No caso do minimilho, essa semeadura pode ser até três vezes maior que a utilizada no milho para grão. O espaçamento é basicamente o mesmo nas duas utilizações do milho.

Para ter apelo comercial, o minimilho deve possuir entre 4 e 12 cm de comprimento e entre 1 e 8 cm de diâmetro. Quanto ao armazenamento, deve acontecer sob refrigeração em temperatura entre 5 e 10° C. Estas e outras peculiaridades do minimilho serão mostradas durante o curso em Cascavel.