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Embrapa na Coreia

Entidade inaugura laboratório virtual na Coréia do Sul. Foco será em pesquisas de recursos genéticos e sanidade animal.

A Embrapa inaugurou no dia 10 de dezembro, mais um laboratório virtual no exterior (Labex), na cidade de Suwon, a 40 km ao sul da capital da Coréia do Sul, Seul. Esse é o quinto laboratório da Empresa no exterior e o primeiro no continente asiático. Os outros são na América do Norte (Estados Unidos); Europa (França, Reino Unido e Holanda), além de dois escritórios de negócios em Gana, na África e em Caracas, Venezuela. A cerimônia de inauguração do novo Labex Coréia contou com a presença do diretor-presidente da Embrapa, Pedro Antônio Arraes; do chefe geral da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das unidades de pesquisa da Empresa localizada em Brasília, DF, Mauro Carneiro; e dos pesquisadores da Unidade, Arailde Urben e Maurício Lopes, entre outras autoridades brasileiras e coreanas.

A inauguração do Labex Coréia é resultado de um memorando de entendimento assinado entre a Embrapa e a Agência de Desenvolvimento Rural da Coréia (RDA) em fins de 2008, com o objetivo de estabelecer laboratórios virtuais em ambas as instituições.

2009: iniciadas as atividades de cooperação técnica pelo Brasil

Em 2009, as atividades foram iniciadas com a vinda do pesquisador coreano, Boh Suk Yang, da RDA, para a sede da Embrapa, em Brasília, onde criou o RAVL – laboratório virtual da agência coreana dentro da Embrapa, similar ao Labex. O trabalho do pesquisador coreano na Embrapa está sendo desenvolvido simultaneamente em duas frentes: uma na Sede da Empresa, de onde coordena as atividades administrativas do RAVL, e a outra integrando a equipe de reprodução animal da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, coordenada pelo pesquisador Rodolfo Rumpf.

Essa equipe é pioneira no Brasil no desenvolvimento de animais clonados por transferência nuclear e em várias outras tecnologias em prol da pecuária brasileira que vêm sendo repassadas ao setor produtivo, como: inseminação artificial; transferência, bipartição e sexagem (definição do sexo dos embriões antes do nascimento) de embriões; e fecundação in vitro (FIV).

O pesquisador coreano trabalha no Departamento e Genômica Animal e Bioinformática da RDA e a sua experiência está sendo muito importante para incrementar ainda mais os estudos de reprodução animal, como afirma Rumpf, especialmente dos relacionados à fertilização in vitro.

“A Coréia está bastante avançada no campo das ciências animais e eles já conseguem fecundar embriões de suínos in vitro, tecnologia que ainda não dominamos na Embrapa”, explica o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia. Por isso, segundo ele, esse será um dos pontos altos da cooperação técnica.

Para o pesquisador coreano, “a criação do RAVL vai possibilitar unir a experiência coreana e brasileira em prol da pesquisa agropecuária e do agronegócio”, lembrando que a cooperação prevê também o intercâmbio de cientistas brasileiros e coreanos.

E a partir de setembro na Coréia do Sul que culminou com a inauguração do novo Labex

Em setembro de 2009, foi a vez do pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Maurício Antônio Lopes, assumir a função de pesquisador na área de recursos genéticos no Labex Coréia, onde deverá permanecer por um período mínimo de dois anos.

Segundo Maurício, a Coréia do Sul vem experimentando um crescimento extraordinário nas últimas quatro décadas e a decisão de implementar mais um Labex Embrapa na Coréia do Sul é uma grande oportunidade para aumentar a interação e a cooperação do Brasil com a Ásia.

A respeito da escolha do tema recursos genéticos no processo de implementação do Labex Coréia, Maurício acredita que a nascente “bioeconomia”, a antevisão dos riscos e desafios associados às mudanças climáticas globais e a pressão por sistemas produtivos sustentáveis apontam para a necessidade de se dinamizar os processos de enriquecimento, conservação, caracterização, agregação de valor e uso de recursos genéticos vegetais, animais e microbianos.