Redação (22/02/2008)- Enquanto a bancada ruralista tentava, em Brasília, detonar definitivamente os alicerces que sustentam o sistema de rastreamento de gado bovino do governo federal – o Sisbov -, em São Carlos, no interior paulista, pesquisadores de cinco unidades da estatal Embrapa chegavam à conclusão que o modelo atual é eficiente e precisa ser ampliado para outros animais de produção além do gado de corte, como gado de leite, ovinos, caprinos, suínos e aves.
Apesar de aprovar o Sisbov, Barioni admitiu que o sistema precisa de melhorias. Um dos problemas apontados é o documento de identificação do animal (DIA) hoje exigido pela União Européia. O DIA é uma espécie de passaporte, mas por ser uma guia convencional de papel torna-se, em casos de extravio ou dados conflitantes, ponto de estrangulamento ou motivo para fraudes.
Por essas e outras, disse, os frigoríficos reclamam que de 7% a 10% dos animais que recebem tem problemas e acabam desclassificados para venda de carne à UE. Segundo Barioni, entre as alternativas discutidas em São Carlos está a transformação do DIA em um passaporte eletrônico, adaptado ao próprio brinco usado para o rastreamento dos bois.
Em uma eventual ampliação do Sisbov, é óbvio que serão necessárias adaptações. Para as aves, por exemplo, seria impossível uma identificação individual. Neste caso, afirmou Barioni, as certificações poderiam ser feitas por lotes ou produtores.
Embrapa sugere expandir modelo de rastreamento bovino para outros animais
Pesquisadores de cinco unidades da estatal chegavam à conclusão que o modelo atual é eficiente e precisa ser ampliado para outros animais de produção como ovinos, caprinos, suínos e aves.